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Famoso escritor e biólogo evolucionista Richard Dawkins, autor de Deus, um delírio, rompe com entidade ateísta

Carlos Fernandes, do Ongrace

Dawkins, ícone do ateísmo, rompe com entidade que censurou seu artigo sobre definição biológica do sexo Imagem: Reprodução

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O ano de 2025 começou com sérios ruídos entre os ateus. Figura de proa do movimento que nega a existência divina, o biólogo britânico Richard Dawkins anunciou, no início de janeiro, seu rompimento com a Fundação para a Liberdade da Religião (FFRF, na sigla em inglês), entidade conhecida mundialmente por sua apologia ao ateísmo. Dawkins se disse inconformado com a censura de um artigo de sua autoria, no qual defende: o sexo de um indivíduo é determinado no momento da concepção, e o gênero é biológico.

O autor do best-seller Deus, um delírio acusou a FFRF de se curvar à “histeria” da cultura do cancelamento e tentar impor uma espécie de “religião”, na qual a opinião dos transgêneros é intocável. Como biólogo, Dawkins não abre mão da realidade genética e rejeita os conceitos fundamentados apenas em ideologia.

O escritor inglês já estava na mira da militância desde 2021, quando teve o prêmio de humanista do ano, a ele conferido em 1996, cassado. A revogação da honraria foi motivada por Dawkins dizer que considerar um homem biológico como mulher é um aspecto “puramente semântico”: “Se a questão é por cromossomos, a resposta é não”, afirmou.

E Dawkins não é o primeiro estudioso renomado a deixar a entidade. Antes dele, o biólogo americano Jerry Coyne teve seu artigo, intitulado Biologia não é intolerância — no qual defende a definição biológica de quem é homem ou mulher “com base no tipo de gameta” —, retirado do site da FFRF com um pedido de desculpas. Acusado de trasnfóbico por militantes LGBTQIAP+, o cientista disse que a decisão tinha muito a ver com a ideia de religião ou seita. “Não é transfóbico aceitar a realidade biológica do sexo binário e rejeitar conceitos fundamentados em ideologia”, sentencia o autor.

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