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11/02/2025
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Temperaturas extremadas geram efeitos prejudiciais à saúde, diz especialista

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Imagem: David-Coronado / Adobe Stock

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O ano de 2024 entrou para a história como o mais quente já registrado. A temperatura global ultrapassou, pela primeira vez, o limite de aumento de 1,5 °C estabelecido no Acordo de Paris. Firmado há dez anos, o tratado foi assinado por 195 nações que se comprometeram a adotar ações visando à redução nas emissões de gases causadores do efeito estufa. Em 2024, houve um crescimento de 1,6 °C em relação ao período pré-industrial.

Embora pareça pouco, esse aumento foi suficiente para causar transtornos climáticos, provocar o desaparecimento de espécies animais e ameaçar o futuro da vida na Terra. Um exemplo disso foram os incêndios devastadores, as enchentes que duraram semanas e as ondas de frio e calor fora do comum que marcaram o ano.

Além dos efeitos sistêmicos sobre o meio ambiente, as drásticas alterações de temperatura registradas em diversas regiões do globo têm consequências diretas para o ser humano. Afinal, o desequilíbrio causado pelo aquecimento afeta a atmosfera gerando extremos: chuvas torrenciais e secas severas. “Ondas de calor podem impactar o sistema cardiorrespiratório, especialmente em idosos, crianças pequenas, gestantes, pessoas com baixa imunidade e indivíduos com doenças circulatórias e respiratórias. Já as oscilações térmicas extremas podem aumentar atendimentos médicos, internações e, em alguns casos, até a mortalidade”, destaca a Profª Helena Ribeiro, do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Especialista em saúde ambiental, ela lembra que os efeitos mais agudos desse cenário atingem as populações mais pobres. “Fatores, como moradia, materiais de construção, roupas, alimentação, hidratação e acesso a áreas verdes, aumentam a vulnerabilidade a esses eventos climáticos”. Por isso, países situados em zonas tropicais, como o Brasil, tendem a ser mais prejudicados. “Além disso, estudos comprovam que o aumento de temperatura em latitudes e altitudes mais altas tem levado à maior rapidez na reprodução de vetores de doenças infecciosas em áreas aquecidas”, explica a docente, pontuando: “É crucial criar políticas públicas que adaptem as cidades e suas populações aos eventos climáticos extremos, a fim de garantir mais proteção à sociedade. O desafio é grande, mas o futuro do planeta e da humanidade depende dessas ações”.

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