
Missionário R. R. Soares leva mensagem de fé e cura à capital argentina
20/02/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

COMPARTILHE
O nome de Jesus, tão essencial para os cristãos de todo o mundo, não era, exatamente… Jesus. Pois, é isso mesmo: o enviado do Altíssimo não tinha o nome pelo qual a humanidade se acostumou a chamá-Lo. Estudiosos das línguas bíblicas anunciaram que se referiam ao Senhor por Yeshu. Apesar da semelhança de alguns fonemas, a pronúncia era bem diferente no aramaico, idioma pelo qual o Príncipe da Paz Se comunicava.
A conclusão é da Profª. Dineke Houtman, especialista em Judaísmo e em Cristianismo, da Universidade Teológica Protestante, na Holanda. “Não podemos saber com certeza quais línguas Jesus falava. No entanto, dada Sua origem familiar em Nazaré, podemos assumir que fosse mesmo o aramaico”, aponta a professora. Essa tese é fundamentada em documentos de papiro encontrados na região da Galileia, os quais mostram que o aramaico era a língua comum entre a população judaica. Além disso, as primeiras traduções gregas do Evangelho registram que o Filho de Deus Se expressava naquela língua.
Outra evidência é que a letra “J”, com a fonética hoje conhecida, inexistia na época em que Jesus viveu e nos séculos seguintes. O detalhe é que a alcunha Cristo não era um sobrenome do Messias – e sim um título que significa ungido de Deus. Como integrante de uma classe social baixa – José e Jesus eram carpinteiros, termo que, nas línguas originais, pode significar também um ofício como de pedreiro –, o Redentor era chamado, apenas, pelo nome do lugar de onde veio. “Como um judeu pobre, o verdadeiro Jesus não teria um título extravagante”, acrescenta a professora. “No mundo antigo, a maioria das pessoas não tinha um sobrenome como o entendemos hoje. Em vez disso, eram identificadas por outros meios, como sua ascendência, local de origem ou outras características distintivas”, diz o historiador Marko Marina, da Universidade de Zagreb, na Croácia.