
Igreja da Graça promove limpeza em praias da Bahia
18/03/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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“Sem liberdade religiosa, não temos um país livre. Provavelmente, nem temos um país.” Essa declaração do presidente norte-americano Donald Trump expressa a ênfase de seu mandato, iniciado em janeiro: fortalecer a fé cristã, base da formação dos Estados Unidos. No entender do mandatário, o cristianismo tem sido corroído pelo preconceito e aparelhamento das instituições de Estado pelo movimento woke, que defende políticas liberais no que se refere a gênero, feminismo e laicismo.
Trump anunciou a criação de um órgão de Estado para capacitar entidades religiosas, organizações comunitárias e locais de culto para “melhor servir às famílias e comunidades”. Uma espécie de escritório da fé, composto por membros de 17 departamentos e agências do governo, com duração mínima de dois anos. Sua missão será ordenar as atividades do Executivo na área da religião e identificar “políticas, práticas ou condutas anticristãs ilegais” e propor ações para revogar ou encerrar tais medidas.
O anúncio da criação do escritório foi feito no tradicional Café da Manhã Nacional de Oração, evento protestante que ocorre uma vez por ano, com a presença do presidente da República. “Enquanto eu estiver na Casa Branca, protegeremos os cristãos nas escolas, forças armadas, praças públicas, no governo, nos locais de trabalho e hospitais. Vamos restaurar nossa nação sob Deus, com liberdade e justiça para todos”, discursou Trump.
O setor ficará sob responsabilidade do Gabinete Executivo do Presidente (EOP) e fará parte do Conselho de Política Doméstica.
A pastora e evangelista Paula White foi indicada para coordenar a força-tarefa. “Deus está agindo na América. Nossas orações estão sendo respondidas”, declarou a religiosa.
A iniciativa gerou críticas dos opositores do governo Trump e de entidades civis, os quais argumentam que, pela Constituição dos EUA, o Estado não pode privilegiar uma confissão religiosa em detrimento das outras. A oposição alega ainda que a medida foi tomada por decreto presidencial, sem aprovação do Congresso.