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Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Agente da PRF realiza fiscalização em estrada: somente no primeiro semestre, cem mil multas foram aplicadas a motoristas e passageiros sem cinto de segurança – imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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Item fundamental para a segurança em veículos automotores, o cinto de segurança tem sido negligenciado pelos motoristas brasileiros. É o que apontam dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a qual aplicou, somente no primeiro semestre deste ano, quase cem mil multas por falta do uso desse dispositivo. A PRF revela ainda que 30% das infrações foram anotadas porque os passageiros do banco de trás dos carros estavam sem essa proteção. Esses números ligam um alerta, sobretudo pelo risco representado por tal descuido: segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET), o uso do cinto diminui em até 60% o risco de morte e lesões graves para passageiros nos bancos dianteiros e em até 44% para os ocupantes dos assentos traseiros.

Em 2024, a falta desse equipamento de segurança causou 756 mortes no país. Além disso, milhares de pessoas sofreram ferimentos que demandam altos custos para o sistema de saúde e causam danos irreversíveis, como traumas, perda de autonomia ou de funções sensoriais que impactam permanentemente a vida da vítima e de sua família. Contudo, as estatísticas estão longe de expressar o quadro real, já que, de acordo com as estimativas da PRF, menos de 0,5% das ocorrências são flagradas por câmeras ou autuadas pelos agentes de trânsito.

Não usar o cinto de segurança é uma infração considerada grave e acarreta multa de R$195,23, além da perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Após a queda brusca do número de registros nos anos de 2020 e 2021, quando o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 reduziu substancialmente os deslocamentos, as estatísticas voltaram ao patamar registrado em 2019, ano anterior à crise sanitária.

Os especialistas chamam atenção para os riscos que correm aqueles que viajam no banco de trás dos automóveis. Ao contrário do que muita gente pensa, esses passageiros também podem sofrer danos em caso de colisão, porque a parada abrupta projeta o corpo para a frente com carga de até 35 vezes o peso do indivíduo, podendo superar uma tonelada. “Muitas pessoas acreditam que, em trajetos curtos ou no banco de trás o cinto não é necessário, mas isso é um engano perigoso. Em uma batida, a falta do equipamento pode ser fatal até mesmo em baixas velocidades”, alerta Viviane Riveli de Carvalho, coordenadora de Segurança Viária da concessionária Eixo SP, que atua em rodovias paulistas. “O condutor do veículo não deve seguir viagem enquanto todos não estiverem devidamente protegidos. Não é apenas uma questão de evitar a multa, mas de preservar a vida. O cinto de segurança é a forma mais eficaz de se proteger em um acidente”, conclui.

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