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Os trabalhos de escavação e arqueologia na região da Terra Santa continuam surpreendendo os estudiosos e encantando as pessoas que se interessam por evidências materiais dos textos bíblicos. As mais recentes e relevantes descobertas são alguns vestígios de um antigo jardim localizado no interior da Basílica do Santo Sepulcro, local onde, conforme a tradição, Jesus foi sepultado.
No subsolo do templo, erguido no século 4, pesquisadores encontraram vestígios de material botânico e pólen compatíveis com plantas das espécies Olea europaea (oliveira) e Vitis vinifera (videira), duas das árvores mais citadas no Novo Testamento. O texto de João 19.41 registra: E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado e, no horto, um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto. De acordo com os pesquisadores, as amostras coletadas pertenceriam ao período pré-cristão, e, portanto, é seguro supor que aquelas plantas, conhecidas por sua longevidade, estavam no local quando ocorreram os fatos derradeiros da vida do Messias.
Setores da milenar basílica têm passado por reformas desde 2022, pois, como o templo é objeto de intensa peregrinação cristã, as escavações no local são feitas lentamente. As primeiras descobertas dos restos vegetais ocorreram em março deste ano, e, desde então, os arqueólogos têm se debruçado sobre o tema. “O Evangelho menciona uma área verde entre o Calvário e o Santo Sepulcro, algo que identificamos durante as escavações”, explicou a arqueóloga Francesca Romana Stasolla, líder das buscas no sítio, ao jornal Times of Israel.
Segundo Francesca, na próxima fase do trabalho, as amostras recolhidas deverão passar por medições mais precisas, feitas com auxílio de substâncias radioativas, a fim de precisar sua origem e a datação de maneira mais exata. A pesquisadora, que faz parte do corpo docente da Universidade Sapienza de Roma, na Itália, lembra que a área em questão não fazia parte da cidade de Jerusalém durante o período em que Cristo esteve na Terra, ou seja, nas três décadas iniciais do primeiro século. Essa informação confirma o que declara o Texto Sagrado, o qual relata que o sepultamento tenha ocorrido fora dos muros da Cidade Santa.