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Os financiamentos imobiliários têm apresentado forte crescimento neste ano. Somente no primeiro semestre de 2025, as concessões de empréstimos para aquisição de imóveis cresceram 25% em comparação com o mesmo período do ano passado. O número de unidades financiadas chegou a 512 mil — avanço de 18% no número de transações em relação aos primeiros seis meses de 2024. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O aquecimento do setor imobiliário se deve, em grande parte, ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do governo federal. Criado há 16 anos com objetivo de reduzir o déficit habitacional no Brasil e promover acesso à moradia a famílias de baixa e média renda, o MCMV oferece subsídios e juros mais baixos para a compra de imóveis. Em 2024, o programa atingiu o maior número de contratos envolvendo imóveis usados de sua história.
Outro vetor de crescimento do setor é o investimento em propriedades voltadas para locação de curta temporada, sobretudo em cidades consideradas polos turísticos ou comerciais, como São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo os dados da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade, esse segmento cresceu mais de 92% nos últimos anos e já movimenta em torno de R$ 8 bilhões por ano — expansão celebrada por quem atua na área. “Isso está ajudando bastante, porque atrai muitos investidores”, destaca o especialista em crédito imobiliário Manuel Cavalcanti, CEO da Credliz Correspondente Bancário.
Na opinião dele, o que tem colaborado para o crescimento do mercado nos últimos tempos é a mudança do teto de financiamentos. “A Caixa Econômica Federal tinha um limite de R$ 350 mil para imóveis do Minha Casa, Minha Vida — agora, esse valor foi para R$ 500 mil”, explica. “Houve também um aumento da renda-limite para se habilitar ao programa: era de R$ 8.100 e passou para R$ 12 mil. Acredito que essa mudança fez aumentarem os financiamentos e as vendas.”
Outra realidade do mercado atual é a concentração de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a aquisição de imóveis usados, de perfil mais popular. Manuel destaca que o setor da construção civil é um grande gerador de empregos. Na avaliação do profissional, projetos novos estão tendo menos acesso a financiamentos por parte dos clientes. “Isso tem produzido um movimento das construtoras para diminuir os valores destinados aos imóveis usados.”