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Violência contra cristãos cresce na Nigéria

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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A Nigéria segue registrando ataques a igrejas e comunidades que professam o cristianismo. No primeiro semestre deste ano, extremistas de orientação islâmica radical massacraram mais de 200 pessoas da etnia fulani no Estado de Benue, no Centro-Sul do país africano. Essa última ocorrência de grande porte acendeu a luz vermelha entre as agências missionárias e organizações sociais que atuam na mais populosa nação do continente. A maioria das comunidades atacadas era composta por cristãos, e milhares de pessoas foram forçadas a abandonar as vilas em que viviam.

Até recentemente, a maior parte dos atentados praticados por terroristas jihadistas de milícias como o Boko Haram e o Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP) se restringia à região Norte da Nigéria, de predomínio muçulmano. Porém, a ampliação das agressões pelo Cinturão Médio e o Sul do país tem alarmado a Igreja local. Entre outubro de 2023 e setembro de 2024, último período com dados totalizados, o número de cristãos assassinados na Nigéria chegou a 3,1 mil. As principais vítimas fatais são homens adultos, enquanto mulheres e crianças são capturadas e submetidas à violência sexual e ao engajamento forçado nas milícias.

A Nigéria também lidera o número de sequestros de cristãos, em torno de 2,8 mil registros. Essas ações são uma maneira de amedrontar e intimidar a comunidade cristã, desencorajando eventual resistência. Além disso, os extremistas destroem casas, propriedades e meios de subsistência, inviabilizando a permanência nas regiões atacadas ou o retorno dos deslocados. Hoje, mais cristãos são mortos por sua fé na Nigéria do que em qualquer outro lugar do mundo. O país ocupa a sétima posição na atual lista mundial de 50 países que mais perseguem os cristãos.

Para o secretário-executivo de Portas Abertas, Marco Cruz, o mundo tem dado pouca atenção ao drama dos cristãos nigerianos – Imagem: Divulgação / Portas Abertas

“Infelizmente, a crise atual — assim como todas as outras anteriores — passa ao largo de autoridades e da imprensa tanto nacional como internacional”, aponta o secretário-geral da Missão Portas Abertas no Brasil, Marco Cruz. “Acredito que isso aconteça porque a agenda mundial está mais preocupada com temas atuais, como guerras e conflitos entre países mais poderosos. Ajudar o cristão perseguido em locais como a Nigéria não faz parte dessa agenda e não interessa, política ou economicamente, aos objetivos dessa agenda”. Portas Abertas é uma organização cristã internacional que atende cristãos perseguidos em mais de 70 países e conta com uma rede de apoio que inclui parceiros em regiões onde a fé tem seu mais alto preço.

“Conseguimos estar com esses irmãos perseguidos, atuando de maneira prática no que eles mais necessitam: acolhimento, alimentos, remédios, comida e treinamento para responder à perseguição segundo a Bíblia.” Em entrevista ao Ongrace, Marco Cruz lembrou o papel dos cristãos do mundo livre diante dessa realidade: “A Igreja brasileira tem aderido às campanhas de Portas Abertas na Nigéria e na África Subsariana, que incluem desde oração a envio de Bíblias e material cristão, ajuda socioeconômica, treinamento de líderes e apoio pós-trauma”. Uma dessas iniciativas é o movimento Desperta África, que engloba oração, doação e assinatura de uma petição, que será entregue a autoridades da Nigéria e de outros países, reivindicando proteção e dignidade aos cristãos. Para saber mais, o leitor pode acessar o site https://portasabertas.org.br/desperta-africa/.

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