
Missionário R. R. Soares realiza campanha em Madureira
12/11/2025Por Marcelly Cavalcanti, do Ongrace

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O aumento da expectativa de vida é uma das maiores conquistas do século 21, mas, ao mesmo, tempo traz alguns desafios. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o envelhecimento saudável vai muito além da ausência de doenças: significa preservar a capacidade física, mental e social que permite às pessoas fazerem o que valorizam ao longo da vida. Nesse processo, a fé tem se mostrado uma aliada poderosa.
Estudos de universidades e centros de pesquisa em saúde pública indicam que a espiritualidade e a participação religiosa estão associadas a benefícios concretos na terceira idade, como menor incidência de depressão, mais resiliência diante das perdas e até maior longevidade. No Brasil, onde a fé cristã faz parte do cotidiano de milhões de pessoas, muitas comunidades já perceberam esse impacto e passaram a investir em ações voltadas à saúde dos idosos.
Segundo a OMS, envelhecer bem envolve alimentação equilibrada, sono de qualidade, atividade física regular e vínculos sociais. A fé cristã, quando vivida de maneira prática, ajuda a integrar esses elementos. Igrejas que oferecem grupos de convivência, cultos específicos e atividades voluntárias para idosos têm conseguido reduzir o isolamento e estimular a vitalidade de seus membros.
A Bíblia apresenta o corpo como templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6.19), o que inspira muitos cristãos a cuidar melhor da própria saúde. Em diversas igrejas, já é comum ver programas que combinam oração, palestras sobre alimentação saudável e acompanhamento médico periódico. Cresce, ainda, o número de ministérios com ações que vão desde visitas domiciliares até atividades físicas, oficinas de artesanato e leitura bíblica.
A Igreja Internacional da Graça de Deus, atenta ao cuidado e ao acolhimento, mantém o ministério Terceira Idade que Vence — grupo criado para acolher as pessoas 60+ e fortalecer a participação delas nas atividades. Além das reuniões regulares, são promovidos encontros, passeios, comemorações e oficinas artesanais. Essas ações são planejadas e desenvolvidas pelos participantes, com total apoio da liderança da igreja.
Segundo levantamento da OMS sobre a Década do Envelhecimento Saudável (2021–2030), idosos que mantêm laços sociais fortes têm menor risco de desenvolver demência e vivem com mais autonomia. Especialistas são unânimes em afirmar que a fé não substitui o tratamento médico, mas pode complementá-lo de modo significativo. Enquanto consultas, medicamentos e terapias cuidam do físico, a espiritualidade oferece suporte emocional e esperança — elementos fundamentais para a qualidade de vida.
A combinação entre ciência e fé também contribui para prevenir situações de negligência. Líderes religiosos capacitados para reconhecer sinais de depressão, isolamento ou declínio cognitivo conseguem encaminhar fiéis aos serviços de saúde antes que os problemas se agravem. Envelhecer com saúde é um processo coletivo. Corpo, mente e espírito atuam em conjunto para transformar a terceira idade em uma fase de propósito, serenidade e felicidade.




