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19/12/2025
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Raridade: Museu da Bíblia recebe Manuscritos do mar Morto

Por Carlos Fernandes, do Ongrace


Peritos examinam fragmentos bíblicos: exposição Manuscritos do Mar Morto é aberta os EUA
– Imagem: Reprodução / Ronald Reagan Presidential Foundation & Institute

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Descobertos em 1947 e tratados como um dos maiores achados arqueológicos da História, os Manuscritos do mar Morto continuam a surpreender — e a fascinar — a humanidade. Agora, o Museu da Bíblia, em Washington (EUA), apresenta uma mostra inédita intitulada, em português, Manuscritos do Mar Morto: A Exposição, aberta ao público em novembro é considerada uma das mais completas já realizadas sobre o tema. O motivo é simples: reúne itens nunca antes vistos, fragmentos originais dos pergaminhos do acervo da Autoridade de Antiguidades de Israel e mais de 200 outras peças e artefatos. É um verdadeiro mergulho na trajetória do Livro Sagrado das tradições cristã e judaica.

A grande expectativa que antecedeu a abertura da mostra não foi por acaso. Os Manuscritos do mar Morto constituem a mais antiga coleção conhecida de textos — e fragmentos de textos — bíblicos encontrados. A forte correspondência entre esses manuscritos e as modernas traduções das Escrituras reforça a tese da inspiração sagrada e da fidedignidade da Bíblia que hoje conhecemos. Os pergaminhos foram descobertos por acaso na região de Qumran, área desértica às margens do mar Morto, em Israel.

Datados entre os séculos 3 a.C. e 2 da Era Cristã, os textos estavam guardados em vasos de argila e, em grande parte, permaneceram em bom estado. O conjunto inclui trechos bíblicos — em particular, do livro do profeta Isaías —, além de regras litúrgicas, estatutos comunitários e registros de práticas religiosas judaicas do período do Segundo Templo. A autoria é atribuída aos essênios, grupo de judeus que se afastou da sociedade da época e adotou uma vida monástica.

A exposição, que segue até setembro de 2026, apresenta também a Pedra de Magdala, bloco encontrado na sinagoga homônima e datado do século 1. A peça contém uma antiga representação da menorá, o candelabro usado no antigo Templo de Jerusalém. Há ainda cerâmicas descobertas no penhasco de Massada — símbolo da resistência judaica contra a ocupação romana — e fragmentos de um barco do tempo de Jesus, encontrado no Lago da Galileia na década de 1980.

Em entrevista ao portal de notícias Christian Post, o diretor de Curadoria do Museu da Bíblia, Bobby Duke, anuncia a exposição como uma rara oportunidade de ver as cópias mais antigas de textos bíblicos “ao lado de objetos que ajudam a reconstruir como era a vida no mundo das Sagradas Escrituras.”

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