
Evento evangelístico reúne 75 mil pessoas na Argentina
23/12/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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Chegou o Natal e, com ele, toda a tradição que marca essa época do ano: festas, troca de presentes, decorações coloridas, luzes brilhantes e um sentimento de solidariedade e confraternização que envolve famílias, empresas e igrejas. Muitas vezes caracterizada pelo consumismo, a data que marca o Advento de Cristo pode ter perdido, para algumas pessoas, parte de seu significado ao longo do tempo. Entretanto, o propósito fundamental da celebração permanece: a chegada da salvação ao mundo por intermédio de Jesus.
O Natal é um tempo de alegria, pois a salvação foi oferecida a cada um de nós. O nascimento de uma criança, destinada à redenção da humanidade deu início a esse plano divino. Desde o anúncio das Boas-Novas, conforme narram os evangelhos, gerações têm celebrado esse acontecimento com o coração e a alma firmados no Salvador. Embora tudo indique que o grande evento ocorrido em Belém da Judeia, que dividiu as eras, não tenha acontecido no mês de dezembro do calendário ocidental, o que realmente importa é lembrar esse fato, conforme pontua o Pr. Rogério Postigo, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Belo Horizonte (MG). “Vejo a ocasião como um momento oportuno para falarmos que o Senhor Jesus nasceu com um propósito de resgatar a humanidade perdida, entregou-Se por nós na cruz e, ao terceiro dia, ressuscitou”, resume.

O pastor reconhecer que a sociedade tem se distanciado, cada vez mais, da celebração do nascimento de Jesus. No entanto, Postigo ressalta que o Natal representa uma oportunidade para que a Igreja potencialize a mensagem de que o Evangelho é a solução e expresse gratidão pelo que o Todo-Poderoso fez ao nos entregar Seu Filho. “O Dia do Senhor é todo dia. Portanto, devemos comemorar diariamente que Ele nasceu. Porém, é bom nos reunirmos como família, valorizando esse tempo juntos e lembrando aquilo que o Senhor Jesus veio fazer, que foi nos salvar”, atesta.
O mês de dezembro também é de muita alegria para os membros da Igreja da Graça regional em Várzea Grande (MT), liderada pelo Pr. Danielo Rondon. “Fazemos um culto especial com a congregação, os obreiros, o ministério de louvor, as ‘tias’ das escolinhas e os colaboradores. É um momento para comemorar o encerramento de mais um ano de trabalho e dedicação à obra do Senhor”, destaca o líder. Segundo Rondon, essa época é uma excelente oportunidade para se falar do Salvador: “Os corações estão mais propícios a receber a mensagem”. Ele também aproveita o período natalino para alcançar sua própria família. “Muitos tios e primos ainda não são convertidos, e procuro mostrar a importância dessa ocasião e como é suave e prazeroso o caminho do Senhor, conforme ensina a Palavra de Deus”, afirma o ministro.

O Natal costuma ser também uma data em que os ornamentos dominam as ruas, as lojas e os centros turísticos. Entretanto, nem todos os evangélicos adotam enfeites, como guirlandas, árvores iluminadas e, sobretudo, a figura do Papai Noel. “Em nossa casa, não usamos esses adereços, porque eles não têm uma origem cristã. É muito bonito ver tudo enfeitado, mas não orientamos nesse sentido”, revela o Pr. Maiquel Marques, dirigente da Igreja da Graça no Estado do Rio de Janeiro. Na opinião dele, a ausência desses símbolos não retira a essência do Natal para os cristãos genuínos. “À luz do cristianismo, representa o nascimento daquele que trouxe de volta à humanidade o governo que Adão e Eva perderam ao pecarem.” Para o pastor, Natal é paz, alegria e comunhão. “Um menino nos nasceu!”, declara, com base no conhecido texto de Isaías 9.6.
“O maior evento da História não foi quando o homem chegou à Lua, e sim quando o Filho de Deus pisou na Terra”, compara o Pr. Elder Cavalcante, responsável pela IIGD no Rio Grande do Norte. Como tantos outros evangélicos, ele e sua família se reúnem na Igreja para comemorar o Natal entre parentes e amigos. “Essa ocasião representa a chegada de Deus ao homem, tornando-Se o Filho igual a um de nós, para que pudesse nos salvar e resgatar.” Elder lembra que a Bíblia não informa a data exata do nascimento de Jesus, mas, em seu entender, isso não altera o significado da celebração. Nas igrejas evangélicas, o Natal é marcado por cantatas, cultos especiais e confraternizações. “Ainda que a data tenha surgido em um contexto pagão, sabemos que Jesus Cristo nasceu, e a luz dEle é tão forte que dissipa todas as trevas”, afirma.

Para o cristão, o Natal confirma a promessa de Deus à humanidade e seu cumprimento: o envio do Salvador, para que todo aquele que nEle crê tenha a vida eterna (Jo 3.15). Para as famílias, é mais do que uma data cultural: aponta para o coração da fé cristã onde o Verbo se fez carne (Jo 1.14). Trata-se do reconhecimento do amor do Pai revelado em Jesus, um lembrete de humildade, graça e um convite à vivência prática da fé.





