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Por Viviane Castanheira, do Ongrace
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No dia 7 de setembro de 1922, durante a comemoração dos Cem Anos da Independência do Brasil, o presidente Epitácio Pessoa fez um discurso que, diferente dos anteriores, ecoou simultaneamente para milhares de pessoas, graças à ideia do antropólogo e escritor, Edgard Roquette-Pinto, de viabilizar a primeira transmissão radiofônica no país.
Com seu baixo custo, linguagem simples, praticidade e grande alcance, o rádio atingiu milhões de espectadores ao mesmo tempo, levando informações e entretenimento às áreas mais remotas do planeta. Com a chegada da internet, na visão dos céticos, a invenção centenária seria ameaçada pelas novas mídias, mas os números dizem o contrário. De acordo com uma pesquisa divulgada pela YouGov Profiles (grupo internacional de dados de pesquisa on-line e tecnologia analítica), em fevereiro de 2024, mais de 75% da população brasileira confirmou ouvir rádio semanalmente. Isso o torna um meio mais popular do que video games, revistas digitais e físicas e jornais impressos.
A Igreja Internacional da Graça de Deus atua nesse ambiente eficaz de comunicação para levar fé e esperança pregando o Evangelho.
Companhia diária
A pedagoga e artesã, Sheila da Silva Alencar, de 39 anos, é ouvinte assídua da Rádio Difusora de Cárceres (97.3 FM), especialmente do A Hora da Graça de Deus, e confessa que faz da transmissão sua companhia rotineira. “É um momento da graça do Senhor na minha vida e no meu lar. Nem sempre consigo mandar um alô, porém escuto todos os dias, apesar das atividades com minhas filhas”. A atração a que ela se refere é comandada pelo líder da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Cárceres (MT), Pr. Nilton César da Silva, transmitido de segunda a sexta, das 17h40 às 18h10.
Sheila vivenciou situações difíceis, contudo encontrou alívio nos louvores e na pregação radiofônica. “Muitas vezes, a Palavra se encaixou ao momento que eu vivia e me tranquilizou”, relata a cuiabana. Sem poder trabalhar em um emprego formal por causa das responsabilidades com as três filhas, especialmente com a caçula, que nasceu com problemas sérios na pelve, Sheila abraçou o artesanato como fonte de renda após ouvir uma sugestão do pastor.
“Ele apresentou algo que mudou a minha vida quando disse: Cem reais dá para você realizar o seu sonho? Então, faça acontecer!”. Era o que Sheila precisava ouvir. “Eu voltei a bordar, e esse tem sido o meu sustento”.
“O rádio nos aproxima de pessoas em todas as partes. Temos ouvintes em Cuiabá, Chácaras, Fazendas e em vários lugares via aplicativo. Sempre gostei da área de Comunicação, e o rádio me conquistou”, diz o Pr. Nilton César. No ar há quase três anos, o programa conta com a participação dinâmica do público, o que mantém ativa a audiência. “Em 30 minutos, realizamos as chamadas para os cultos, exibimos o áudio do Semeando a Fé, do Missionário, temos o momento da Palavra, atendimento e a aguardada Oração do Trabalhador, quando abençoamos a vida profissional dos ouvintes”, explica o pastor. A história dele com esse veículo começou bem antes. “Na mesma emissora em que atuo, já estive de 2011 a 2015, na frequência AM. A IIGD proporciona a seus pastores essa oportunidade de se envolver na comunicação. Abracei a causa, e estamos levando a Palavra pelas ondas do rádio”.
Quebrando paradigmas
O Pr. Wellington Gomes da Silva, da IIGD em Delmiro Gouveia, sertão de Alagoas, apresenta o De Bem Com a Vida”. Transmitido diariamente pela Rádio Alternativa (98,5 FM), das 12h às 13h30, há 15 anos, o programa tem quebrado a resistência à mensagem de salvação. “Em algumas regiões, falar do Evangelho é uma afronta, mas, orando, quebramos paradigmas e pregamos a Palavra”, ressalta Wellington.
Nossa Rádio
Em algumas regiões, a IIGD transmite seu conteúdo através da Nossa Rádio FM, por meio de 20 emissoras espalhadas por todo o Brasil, e isso tem sido um bálsamo para milhares de pessoas. O mineiro Wilton Cardoso Siqueira, 39 anos, que o diga. Ele foi alcançado pela emissora em Vitória (ES) e liberto da dependência química ouvindo a pregação voltada para a promoção da família em um dos programas da Igreja.
Em 2004, o empresário foi para a capital capixaba em busca de uma vida melhor. Entretanto, enfrentou a depressão e passou a usar drogas nesse período. “Comecei a consumir cocaína e maconha com os amigos nas boates, além de beber e fumar muito”, conta ele, que se tornou dependente de 2007 a 2012.
A libertação aconteceu de maneira surpreendente. Certo dia, em um caminhão, Wilton estava sob o efeito de substâncias químicas, e algo chamou a atenção dele. “Transtornado, eu ficava mudando a estação de rádio o tempo todo. Até que sintonizei na Nossa Rádio de Vitória e ouvi um pastor convidar as pessoas a conhecerem Jesus.” Aquelas palavras ficaram na mente do rapaz. No mesmo dia, ele procurou a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) e nunca mais saiu de lá.
O programa em questão era o A Hora da Graça de Deus, transmitido na Nossa Rádio capixaba, das 14h às 15h. “Nosso contato com os ouvintes é gratificante, pois os acompanhamos desde o pedido de oração até o momento em que Deus faz a obra e a pessoa retorna contando seu testemunho”, diz o líder estadual da IIGD no Espírito Santo, Pr. Marcio Gonçalves, que comanda o programa. “Comecei a pregar em rádio na cidade de São José dos Campos (SP), onde atuava, e aqui, com nossa própria emissora, temos oportunidade de pregar praticamente todos os dias”, frisa Márcio. “Mesmo com o advento da internet, a rádio ainda alcança os lugares mais isolados e afastados do nosso país como uma ferramenta de evangelismo para pessoas com dificuldade de acesso digital”, destaca o pastor.
Rádio Relógio
Entrar na Era Digital e se modernizar foi o objetivo da Rádio Relógio do Rio de Janeiro, também vinculada à Igreja da Graça. Nos últimos anos, o veículo carioca expandiu o seu conteúdo, tradicionalmente transmitido pela 580 AM, para outras plataformas, como YouTube, Facebook, Spotify etc., e até para um canal na Nossa TV, além do site e de um aplicativo. Essa abrangência elevou a rádio a um novo patamar. Agora, há ouvintes em todo o país, inclusive no exterior – nos EUA, na Europa, África, no Chile. “Essa modernização criou um estreitamento com os ouvintes, mediante as plataformas digitais”, afirma o coordenador artístico da emissora, Cléber Ribeiro. Ele revela que a maioria dos aparelhos não transmite as ondas sonoras da Rádio Relógio, situada na frequência AM. “O celular, por exemplo, só opera com o conteúdo FM, então a tecnologia tem nos ajudado muito”.
De acordo com Ribeiro, a maior parte do público da Rádio Relógio é composta por idosos. “Temos auxiliado nossos ouvintes da melhor idade a migrar, aos poucos, para os nossos canais digitais”, explica. A programação igualmente se modernizou. “A gente busca colocar nos blocos comerciais mensagens pastorais. Chamamos essas mensagens de Mais Perto de Deus. Procuramos fazer ações promocionais nas Igrejas, nas ruas, estreitando os laços com quem nos ouve”. A rádio conta ainda com atendimento pelas redes digitais, como WhatsApp, X (ex-Twitter), Instagram, entre outros. “Graças a Deus, esse caminho tem sido satisfatório. Estamos em sexto lugar na plataforma Radio.com”, ressalta Cleber.
1 Comment
É muito bom ver que Deus tem várias maneiras de abençoar o seu povo.Eu nunca ouvi falar de um Deus tão bom, como o nosso Deus.✨ desejo muita paz a todos os que trabalham nas rádios levando a boa semente em nome de Jesus Cristo de Nazaré