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Ministério de Mídias cresce nas igrejas evangélicas e se torna poderosa ferramenta de informação e pregação da Palavra

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Transmissão de culto da IIGD on-line: Ministério de Mídias envolve cada vez mais pessoas e propaga o Evangelho nas redes sociais – Imagem: Divulgação

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Veicular a Palavra de Deus por meio da imagem. Esse é o objetivo dos ministérios de mídias, que têm crescido nas igrejas evangélicas. Dada a disseminação dos equipamentos de foto e vídeo, inúmeros grupos têm se formado, geralmente de jovens cristãos voluntários que se dedicam a gravar e transmitir os cultos on-line. Mais do que isso, a tarefa envolve a criação de vídeos, a administração de redes sociais e a produção de peças de divulgação criativas sobre as atividades da igreja. Nessa interatividade, quem ganha é a obra de Deus, que tem suas tendas alargadas de maneira antes inimaginável, quando o evangelismo era feito basicamente com distribuição de folhetos e conversas face a face. Essas formas de ganhar almas para Cristo jamais perderão sua eficácia. No entanto, agora basta acessar a internet para participar de um culto realizado a milhares de quilômetros de distância.

Se, entre os anos de 1950 e 1970, o lema do audiovisual brasileiro era “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, atualmente, a onda dessa moçada de Cristo poderia ser definida como “um smartphone na mão e Jesus no coração”. Essa multiplicidade de possibilidades originou o termo multimídia, para se referir à utilização de diversos veículos com a mesma finalidade. No caso evangélico, são dois propósitos: a glória de Deus e o serviço aos irmãos. O “ponto de virada” ocorreu entre os anos de 2020 e 2021, quando o uso dos recursos tecnológicos pelas igrejas ganhou alcance exponencial na quarentena, em decorrência das medidas de segurança contra a covid-19. Com os templos fechados e as pessoas recolhidas em casa, a solução foi desenvolver uma estratégia capaz de manter a fé em Deus e a comunhão em Cristo. “Esse trabalho aumentou depois da pandemia. Naquele tempo, só tínhamos os meios de comunicação digital para nos comunicar com os membros, tornando-os ainda mais necessários”, observa a jornalista Suzana Aires, que lidera o setor de Comunicação da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no Piauí. Ela coordena 14 pessoas voluntárias como ela. A equipe realiza os registros dos cultos mediante fotos e vídeos, fazendo a respectiva transmissão. “Trabalhamos com as plataformas Instagram, Facebook e YouTube.”

A jornalista Suzana Aires, que lidera a Comunicação na IIGD do Piauí: “Precisamos usar esse potencial da melhor maneira possível” – Imagem: Arquivo pessoal

Pós-graduada em Neuromarketing e Comunicação Organizacional, Suzana dedica essa capacitação ao Reino de Deus, desenvolvendo o que gosta. “Precisamos entender o potencial das redes sociais e saber usá-lo da melhor maneira possível”, sustenta. A Igreja de Cristo sempre esteve conectada às evoluções tecnológicas. Não por acaso, no século 15, o primeiro livro produzido pelas então revolucionárias técnicas de imprensa por tipos móveis foi a Bíblia Sagrada. Muito tempo se passou até o surgimento do rádio como poderosa ferramenta de comunicação. E lá estavam inúmeras igrejas transmitindo cultos e programas, que podiam ser ouvidos em casa, nos transportes, presídios e hospitais. Mais tarde, foi a vez da televisão, e as igrejas evangélicas, como a IIGD, abraçaram a TV como uma extensão fundamental de seus ministérios. Nada mais natural que, com o advento da Era Digital, o Evangelho fosse propagado pela internet.

“Comecei a trabalhar com mídias na Igreja durante a pandemia, quando as redes sociais eram a única forma de o povo se achegar a Deus”, lembra-se a designer gráfica Vera Lúcia Melo, da IIGD no bairro Ponta D’Areia, em Porto Alegre (RS). “Há três anos, estou à frente desse ministério com o Pr. Daniel Bianchi.” Durante aqueles tempos difíceis, as igrejas ficaram fechadas por meses consecutivos, e as transmissões por internet foram indispensáveis para socorrer espiritual e emocionalmente as pessoas, em meio às angústias causadas pelo risco de uma contaminação fatal e pelas restrições de deslocamento. “Hoje não sei viver sem a mídia”, brinca. O grupo com o qual Vera atua tem alcançado alto nível de especialização: “Temos cinco pessoas na criação de artes. São três na edição de vídeos e cinco na gestão das redes”, enumera. “Desenvolvemos conteúdo diversificado, tentando levar o dia a dia da Igreja.”

O Pr. Lucas (à frente) destaca a importância das mídias digitais para envolver os jovens na obra de Deus – Imagem: Arquivo pessoal

“Enxurrada cristã”

Segundo Vera Lúcia, a atenção especial é dedicada às transmissões, setor que ocupa outras três pessoas, de um grupo total de 16 integrantes. A experiência adquirida durante a pandemia acabou sendo uma excelente preparação para o desenvolvimento do trabalho, inclusive recentemente, quando fortes chuvas inundaram o Rio Grande do Sul e muitos templos da IIGD foram obrigados a interromper suas atividades rotineiras. “Até a nossa sede estadual foi fechada”, destaca Vera. “Mais uma vez, as lives pelas redes sociais estão sendo o elo entre o povo e a Igreja. Temos recebido lindos testemunhos de pessoas que, todos os dias, às 22h, estão acompanhando a live Orando pelo RS, com nosso líder estadual, o Pr. Lauro Doriel.”

Independentemente de seu alcance em situações emergenciais, esse Evangelho propagado através dos avanços tecnológicos continua crescendo. No outro extremo territorial do país, em Recife (PE), os membros da Igreja da Graça igualmente têm se empenhado quando o assunto é informação e interatividade. O Pr. Lucas Andrade é uma liderança presente e incentiva os jovens comprometidos com o Evangelho, que não perdem de vista as oportunidades de servir a Cristo por meio da veiculação de sons e imagens on-line: “Em sua maioria, eles estão envolvidos com as tecnologias. Saber direcionar positivamente essa aptidão é essencial”, frisa.

A fotógrafa Edileia, de Sorocaba (SP): talento dedicado ao serviço do Senhor – Imagem: Divulgação

No seu entender, esse engajamento gera responsabilidade, o que mantém os mais novos ligado à Igreja: “Isso, além de desenvolver uma atividade que lhe é prazerosa, leva o jovem a trabalhar espontaneamente pelo Reino de Deus. Afinal, onde há jovens, outros jovens também se envolverão. Fazer a Obra do Senhor através da mídia ajuda o jovem a se firmar na igreja e, consequentemente, a Cristo”. Lucas destaca, pelo menos, três benefícios do uso da tecnologia da informação no meio evangélico: “Alcançar mais almas para Cristo, intensificar a comunhão entre os irmãos e tornar a atuação da Igreja mais transparente e eficaz”. As possibilidades são infinitas: “Tratar de magnitude é difícil quando falamos de algo ilimitado como a tecnologia,”, pondera o pastor. “Eu diria que as mídias sociais e tecnologias funcionarão como as asas de um pássaro, para alcançarmos lugares, pessoas e propósitos supostamente impossíveis.”

O designer Kaleby (com a câmera) capacita pessoas para o trabalho com as mídias: “Grande crescimento” – Imagem: Divulgação

A animação da jovem Edileia Vieira da Gama de Avelar, de Sorocaba (SP), prova que isso é uma realidade: “Temos de fazer uma enxurrada cristã nas redes sociais”, entusiasma-se. “Só estaremos em evidência se estivermos empenhados em fazer a diferença. Quanto mais evangelizarmos nas redes sociais, mais pessoas conquistaremos para Cristo.” Quando chegou à Igreja da Graça em 2018, ela sentiu que poderia usar o seu talento para mostrar as imagens do povo adorando a Deus. “Eu me imaginei fazendo aquilo”, recorda-se. Formada em Fotografia e Administração, Edileia é a fotógrafa do grupo de Mídia da IIGD em Sorocaba. São delas as belas imagens da Igreja, de seus membros e atividades postadas nas páginas da IIGD no Facebook e Instagram. “Somos seis pessoas mais envolvidas nessa atividade e temos o apoio do nosso ministro, o Pr. Daniel, que acompanha tudo e gosta de postar conteúdos nas redes sociais.” Para o designer gráfico e editor, Kaleby Rodrigues Aguilar, a presença evangélica nas redes sociais tem um valor inversamente proporcional à baixa qualidade de grande parte do conteúdo disponível na Web: “A internet se transformou em uma terra de ninguém, onde cada um publica o que deseja”, observa. Ele acredita que a Igreja precisa marcar presença nesse ambiente. Há cinco anos, ele busca implementar um Ministério de Mídia frutífero na Igreja da Graça em Minas Gerais, onde lidera a Comunicação. Há muito o que fazer. “Além da transmissão de todos os cultos e de programas de TV, faço os cortes do programa Fala, Amigo!e a edição de depoimentos dos membros da Igreja após as reuniões.” Devido ao volume de atividades, Kaleby, que trabalha na RIT TV, capacita outras pessoas para fazerem parte das tarefas: “Tivemos grande crescimento”, comemora ele. Em meio a todo o empenho técnico, a propagação do Reino de Deus é a maior meta a ser alcançada.

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