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Por todo o Brasil, voluntários da IIGD se unem em combate à insegurança alimentar

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Voluntário entrega cesta básica a uma idosa: ações solidárias de membros da IIGD ajudam no combate à fome no país – Imagem: Divulgação

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O Brasil tem dado mais uma demonstração do espírito solidário de seu povo. Devido às terríveis enchentes no Rio Grande do Sul entre abril e maio, milhões de brasileiros se uniram para ajudar os gaúchos. Nunca antes uma quantidade tão grande de donativos de toda espécie foi reunida em um curto período. Agora, após o primeiro impacto das cheias, é hora do desafio da reconstrução de vidas, casas e cidades. Semanas se passaram desde que as águas baixaram em centenas de regiões, deixando um rastro de destruição que demandará tempo para ser reparado. A mobilização continua, mas é natural que diminua, à medida que as imagens e os relatos da emergência no estado se tornam menos frequentes no noticiário. Contudo, o drama da fome é recorrente não só nessas situações. Dados referentes a 2023, coletados pelo Estudo da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, relatório elaborado pelas Nações Unidas, revelam que cerca de 70 milhões de brasileiros – quase um terço da população do país – estão entre aqueles que apresentam quadro de insegurança alimentar de moderado a severo.

Adenise (ao centro) lidera as atividades do Ministério do Sopão em Natal (RN): “Seguir o Ide de Jesus é maravilhoso” – Imagem: Divulgação

No entanto, existe um trabalho de socorro aos necessitados que não pode parar, pois a fome não espera. Independentemente da época e das circunstâncias, milhares de voluntários da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) têm levado o pão de cada dia às ruas, praças, aos asilos, centros de recuperação e orfanatos. É uma corrente do bem que se espalha pelo território nacional levando comida e alento. Não importam o beneficiário, a origem ou idade dele, tampouco os motivos que o levaram a essa situação. Trata-se de um movimento espontâneo, que independe de um comando central: cada templo é uma base, e cada grupo de irmãos de fé atua como um organismo vivo, indo ao encontro dos que mais precisam. Em junho, os membros da IIGD estão intensificando as ações nas ruas do Centro de Teresina (PI). Às sextas-feiras, a obreira Mirian Pereira da Silva se junta a um grupo de homens e mulheres para realizar um evangelismo que alimenta o corpo e a alma. “Na rua, encontramos uma realidade muito diferente da que estamos acostumados”, diz Mirian, que trabalha como diarista. “Não é só dar uma marmita, uma roupa ou um produto de higiene. É poder ouvir o que as pessoas têm a dizer quando falam de suas dores.”

Para Ana Cláudia Reimão (ao centro), que coordena voluntários em Maceió, a Igreja de Cristo tem de estar junto aos necessitados – Imagem: Divulgação

Segundo a obreira, além da população em situação de rua, internos de casas de recuperação e idosos de um abrigo são atendidos. “Levamos lanche e carinho para os nossos irmãos. Muitos deles nem recebem visitas da família. Eles amam nos receber.” As ações envolvem membros da Igreja, que unem esforços na preparação das refeições e no recolhimento de roupas e outros itens. Há 11 anos no ministério de Evangelismo, Mirian conta a motivação para tanto esforço: “Desejo levar a preciosa semente do amor de Deus a outras vidas”.

“Como Igreja, queremos estar junto às pessoas que mais necessitam”, frisa a autônoma Ana Cláudia Reimão, esposa do Pr. Jean, líder estadual da IIGD em Maceió (AL). Ela coordena um trabalho de assistência social que vem crescendo e mobilizando vários setores da congregação. “Deus colocou isso no nosso coração desde que chegamos aqui. O Mulheres que Vencem e o grupo de Evangelismo ajudam a arrecadar os alimentos distribuídos em quentinhas e nas cestas básicas que doamos”, descreve. Na linha de frente das ruas, o cardápio básico é composto de sopa, suco e pão. Responsável pelo projeto, Cláudia relata a dura realidade que encontra: “Vemos idosos, crianças e adultos famintos. Sem falar naqueles que tinham uma boa condição social, mas perderam tudo para as drogas e o álcool”, lamenta. Muita gente se mostra arredia no primeiro contato, mas geralmente cede e se aproxima do grupo que entrega o alimento e oferece a palavra de esperança do Evangelho. “Distribuímos o que o Altíssimo nos dá. Sabemos que não vamos resolver todos os problemas daquelas pessoas, contudo queremos impactá-las com o que Ele colocou em nossas mãos. Na matemática de Jesus, o pouco dividido se multiplica”, pontua Cláudia. “A Igreja do Senhor não pode ficar restrita às paredes dos templos. Como podemos amar a Deus, se não nos importamos com nossos irmãos que perecem?”

O Ide na prática 

Plantada em outra importante cidade nordestina, a Igreja da Graça em Natal (RN) desenvolve, há quase dez anos, o Ministério do Sopão. O trabalho consiste em suprir a necessidade mais básica do ser humano: a alimentação. Às segundas-feiras, equipes coordenadas pela empresária Adenise Aquino de Lima saem às ruas da capital potiguar para ajudar os necessitados. “O Ide de Jesus é lindo e forte”, destaca ela. “Nosso ministério é maravilhoso. Ninguém pode parar a Igreja do Senhor!”, entusiasma-se Adenise, à frente dessa iniciativa solidária. Nas ações de rua, grandes rodas se formam para receber as orações dos voluntários, que se encarregam de fazer a comida e organizar tudo. Eles contam com a parceria de outro ministério, o Maanaim, responsável por administrar um abrigo que atende dependentes químicos que desejam a recuperação, sendo, por isso, encaminhados à Igreja da Graça. “Temos visto muitos testemunhos desse trabalho. Há pessoas em situação de rua que recuperaram seus empregos e sua dignidade”, afirma a empresária. 

A equipe da FUESA no Espírito Santo: atendimento aos necessitados – Imagem: Divulgação

Não é só na região Nordeste, onde os índices gerais de desenvolvimento humano são historicamente menores que no restante do país, que a IIGD se destaca no voluntariado social. Um exemplo é a Fundação Espírito-Santense de Comunicação (FUESA), localizada no estado capixaba. Importante braço social da Igreja, ela conta com cerca de 150 integrantes, incluindo professores, psicólogos, advogados e voluntários de diversas áreas profissionais. Juntos, eles dedicam suas capacidades em favor do próximo. “Já atendemos por volta de duas mil pessoas”, informa o advogado Jonathas Eugenias Gonçalves Filho, diretor-executivo da FUESA. A fundação atua em prol dos menos favorecidos em diversas situações. Uma delas é a assistência em questões emergenciais causadas por catástrofes climáticas, como a que atingiu o Rio Grande do Sul. O ministério promove ações contínuas, como o fornecimento de cestas básicas e itens de higiene em asilos e orfanatos. “O trabalho voluntário é, também, uma missão ajudar ao próximo. É isso que nos motiva. Nossa equipe se sente realizada por atender centenas de pessoas em suas necessidades”, destaca Jonathas, pastor da Igreja da Graça no bairro de Campo Grande, na cidade de Cariacica (ES). Nessas ocasiões, o grupo leva os donativos e a mensagem de fé para aquecer o coração dos mais vulneráveis, oferecendo alento físico e espiritual. Afinal, mesmo tendo todo o poder para multiplicar os pães, Jesus incumbiu Seus servos de distribuí-los à multidão: Dai-lhes vós de comer (Mateus 14.16).

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