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A psicoterapeuta Sandra Machado fala sobre sua vida profissional e ministerial
Por Viviane Castanheira, do Ongrace
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“O cuidado através da Palavra”.Essa é a frase usada por Sandra Machado em sua página no Linktree – ferramenta que abriga links compartilháveis em redes sociais – para definir seu chamado como cristã, esposa, mãe e psicoterapeuta. Casada há quase 27 anos com o Pr. Charles Machado, ela é mãe do pequeno Matheus, de quatro anos, e tem muito orgulho de servir a Jesus ao lado do esposo na Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) Parque Novo Mundo, São Paulo, onde ele pastoreia.
Para a psicoterapeuta, que trabalha no ministério infantil da IIGD desde a adolescência e atua como palestrante nos congressos do Crianças que Vencem, a Igreja tem papel fundamental na formação social dos pequeninos. “É o ambiente perfeito para a construção de conexões e vínculos seguros, além de proporcionar limites saudáveis em que se sintam amparados e valorizados.”
Em entrevista ao Certeza da Vitória, Sandra fala sobre sua carreira e o papel da Psicologia em sua vida e em seu ministério.
Por que você optou pela Psicologia?
Por gostar de ajudar as pessoas. E, por meio da Psicologia, descobri o meu propósito. O ensino faz parte da minha vida desde a época em que cursei o magistério, mas eu sentia que me faltava algo. Quando uni a Pedagogia à Psicologia, o meu chamado fez todo o sentido: atendimento clínico e ensino sobre saúde mental por meio das palestras que ministro.
Durante sua caminhada como psicóloga, houve alguma experiência com Deus que marcou você?
Há alguns anos, eu passei por uma crise de ansiedade. Porém, antes que isso acontecesse, Deus havia me dado uma Palavra específica a esse respeito. Desde então, sempre que atendo a pessoas nessa condição, Ele me lembra do que vivi e como superei. Desse modo, posso ajudar com mais empatia e compaixão cada pessoa.
Já enfrentou algum preconceito por ser psicóloga e cristã?
Diretamente não. A necessidade de ajuda psicológica é grande, e as pessoas têm despertado para buscarem ajuda da ciência também, no entanto ainda existe bastante resistência e desinformação.
Como começou o seu ministério de dar palestras nas igrejas?
Sempre gostei de ensinar, desde a minha adolescência no ministério infantil. O meu chamado é levar conhecimento ao povo de Deus, instrui-lo sobre saúde mental alinhada à Palavra e, assim, ajudar a diminuir o sofrimento emocional e fortalecer a fé. São palestras com assuntos específicos, como ansiedade, depressão, autoestima, pais e filhos, entre outros.
Como a sua habilidade como psicóloga auxilia você em seu ministério?
Para mim, ser psicóloga também é um ministério. Amo atender a cada paciente, escutar a história deles, ajudá-los por meio da psicoeducação e, principalmente, acompanhar as transformações que vão acontecendo ao longo do processo psicoterápico.
Como manter a saúde mental na Era Digital?
Precisamos lembrar de que o nosso corpo e a nossa mente têm limites, que, quando ultrapassados, geram consequências. É crucial diminuirmos o excesso de estímulos e informações, pois a mente também precisa de descanso.
Há muito preconceito no meio cristão quando o assunto é depressão. Como identificar a doença e ajudar a pessoa que sofre desse mal?
Esse transtorno possui várias causas e está ligado à dificuldade de lidarmos com as nossas emoções, e os cristãos não estão imunes a isso. É necessário observar como estão as emoções e, havendo sofrimento, buscar ajuda profissional. Porém, é importante lembrar que o tratamento precisa ser corpo, mente e espírito.
Seu esposo é pastor, qual a influência dele no seu ministério e a sua no ministério dele? Como funciona essa troca?
Somos muito parceiros, caminhamos juntos com o mesmo propósito que é servir a Deus e ajudar as pessoas. Eu sempre o auxiliei na obra e recebo dele muito apoio também.
