Jesus ensinava na sinagoga em Cafarnaum e, como ocorria sempre nessas reuniões, o poder de Deus estava presente para curar os doentes. Ali estavam fariseus e doutores da Lei, advindos de todas as aldeias da Galileia, da Judeia e de toda Jerusalém. Eles foram até lá para ver se o Mestre realizaria milagres no sábado, a fim de O acusarem. Pobres “investigadores”! Eles poderiam ter sido curados naquela ocasião!

Muitas vezes, as pessoas estão na igreja por diversos motivos: umas para dar palpites sobre como conduzir a obra do Senhor, e outras por outras razões. Naquele dia com o Salvador, aqueles que quisessem poderiam receber a cura de enfermidades, a libertação de vícios, o perdão de pecados e a salvação da alma, a qual é a parte mais importante do Evangelho. No entanto, os religiosos só queriam ter a prova para acusar Jesus.

O Mestre queria que eles testemunhassem o poder do Alto curando enfermos e dando aos perdidos a oportunidade de serem salvos e mudarem de vida. Nada seria melhor do que ser liberto dos fardos que os oprimiam. Naquele dia, quatro homens começaram a destelhar a casa onde Cristo Se encontrava e, tendo feito um buraco no teto, baixaram um homem paralítico e o puseram diante de Jesus.

Ao ver a fé deles, o Mestre garantiu ao enfermo que os pecados dele estavam perdoados. Tão logo Jesus fez essa declaração, os fariseus e doutores começaram a falar entre si, acusando-O de enganar as pessoas. Na opinião deles, ao perceber que tinha um caso de difícil solução, o Senhor mudou a Sua pregação, dizendo que os erros do paralítico tinham sido perdoados. Era como se dissessem que Cristo era um charlatão, o qual, não podendo realizar aquela maravilha, tranquilizou o homem ao afirmar tal coisa. Porém, Jesus é a Verdade!

Eles arrazoavam em seus corações, mas o Salvador conhecia os seus pensamentos. Cristo deu uma ordem, mostrando que o Seu poder é capaz de perdoar pecados, dizendo ao paralítico: Levanta-te, toma a tua cama e vai para a tua casa (v. 24b). Eis o resultado: E, levantando-se logo diante deles e tomando a cama em que estava deitado, foi para sua casa glorificando a Deus (Lc 5.25). Que glória!

Após a operação desse milagre, o povo se admirou sobremaneira: E todos ficaram maravilhados, e glorificaram a Deus, e ficaram cheios de temor, dizendo: Hoje, vimos prodígios (Lc 5.26). O mesmo tem sido visto nas reuniões em que maravilhas e prodígios ocorrem. As pessoas choram e se abraçam, dizendo que o Senhor estava entre elas e, por isso, aquilo aconteceu. O Senhor é maravilhoso!

O povo de Deus precisa agir de modo igual, realizando as mesmas obras que Jesus realizava em Seus dias na Terra. Temos de aprender a usar a autoridade dada por Ele aos Seus discípulos, e, então, o mundo será arrebatado das trevas em um piscar de olhos!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares