Depois de fazer elogios ao modo de proceder dos cristãos da igreja em Éfeso, que atestavam o quanto amavam seu Senhor e Salvador, Jesus enumerou algumas das boas atitudes deles: Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos (Ap 2.2). Cristo não Se esquece do que fazemos quando Lhe obedecemos!

A seguir, o Senhor Se referiu aos nicolaítas, um grupo que, embora tenha tido um bom início, passou a ensinar doutrinas e práticas contrárias às Escrituras e à fé cristã. Nicolau, líder dessa seita, foi um diácono da igreja (At 6.5,6), mas abandonou Jesus, deixando-se levar pelas tentações do diabo, em vez de repreendê-lo e usar a mesma arma que Cristo usou: a Palavra de Deus (Mt 4.4,7,10).

Ora, o princípio de muitos hereges pode ter sido bom, mas caíram na armadilha do diabo e não se arrependeram; ao contrário, continuaram a distorcer a Palavra do Senhor, tentando se justificar, e chegaram a se tornar pessoas odiadas pelo Amado, o qual Se lembra de tudo, de bom ou mau, que fazemos. Vigie!

Os efésios não aceitaram as mentiras dos hereges, e nós também não devemos aceitá-las. Já os crentes da igreja em Pérgamo, a qual aceitou ser a igreja oficial do Império Romano, viram a sua pureza se esvair ao fingirem que não viam a iniquidade, para não desagradar ao seu “senhor”. Na verdade, isso desagradava a Quem, de fato, era o verdadeiro Senhor, por isso foram repreendidos por Jesus: Assim, tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço (Ap 2.15). Os nicolaítas progrediam na desobediência e seguiam para a própria destruição!

Agora, nem todos da igreja de Pérgamo, a qual se vendia ao inimigo, era favorável aos líderes que faziam de conta não ver o lamaçal no qual se afundavam. Alguns se desviaram, procedendo como Balaão ensinou a Balaque, rei dos moabitas, colocando obstáculos aos filhos de Israel. Já os nicolaítas compartilhavam suas esposas. Misericórdia, Senhor!

Após a oficialização da Igreja de Cristo pelo famoso decreto de Constantino, tornando-a oficial no Império Romano, multidões que não sabiam o que era conversão entraram para a casa de Deus à procura de status, porque o cristianismo passou a ser aceito pelas autoridades. Além disso, incentivavam outras pessoas do grande império a se somarem aos que criam no Senhor, e isso nos fez muito mal!

A Igreja de Cristo precisa crescer não porque as pessoas se tornam membros dela, ou alguma instituição financeira lhe envia recursos, mas, sim, pela pregação das Boas-Novas, que leva o povo a crer no Senhor, a se arrepender e a se converter verdadeiramente. Nenhuma ajuda humana é boa para a Igreja, mas prejudicial em todos os sentidos. Deus sabe dirigir a Sua casa e sustentá-la com amor!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares