Nessa passagem bíblica, é como se a humanidade estivesse representada por Davi, o homem segundo o coração de Deus, mas, no versículo citado, personifica alguém ainda não convertido, o qual, espiritualmente, entristeceu-se por estar coberto de chagas. Não dá para postergar uma mudança de vida; a corrupção destrói quem está sob seu poder. Nada melhor do que sair da opressão maligna.

Jó provou essa podridão de uma hora para outra e se viu totalmente em corrupção do diabo: Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça (Jó 2.7). Nesse caso, ficou provado que a fonte dos sofrimentos é o diabo, e não Deus. Aparentemente, a princípio, podemos achar que foi maldade do Senhor autorizar que o inimigo causasse aflições no servo do Senhor; porém, mais tarde, o próprio patriarca reconheceu seu erro.

Três dos melhores amigos de Jó assentaram-se junto a ele sem nada falar, pois viam que sua dor era bem intensa: E se assentaram juntamente com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande (Jó 2.13). Estar assentado com um sofredor sem falar nada, por não ter o que dizer ou por respeito à dor dele, é ineficaz. Precisamos ter a palavra certa para dar a todos!

Jó falou sobre coisas das quais desconhecia. Ele teria feito melhor se tivesse meditado antes de dizer algo, e não amaldiçoado a si próprio e o que estava ao seu redor. Deus não teria permitido ao inimigo fustigá-lo, caso ele tivesse buscado a Deus, assim como ensinava àqueles que não conheciam o Senhor, a Quem Jó servia. No entanto, a luz do Altíssimo brilhou, e Jó questionou: Por que o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu? (Jó 3.25). O medo foi a causa do infortúnio!

Chagas no corpo são como o pecado: se não forem tratadas, cheirarão mal logo. Já o Bálsamo de Gileade (Jr 46.11), o Espírito Santo, leva-nos ao arrependimento, permitindo que Deus ajude quem foi atacado pelo maligno (Jo 16.7,8). Muitas pessoas “flertam” com o maligno, o qual mente, convencendo-as a cometer suicídio. É verdade que o ato de matar a si mesmo acaba, não com o sofrimento, e sim com o temor de Deus, por isso quem pensa em se suicidar está à beira de se perder para sempre!

O Senhor fala claramente que ninguém pode destruir o Seu Corpo, a Sua Igreja na Terra, e adverte que quem fizer isso pagará um alto preço: Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo (1 Co 3.17). Fique atento, a fim de não deixar o inimigo convencê-lo a agir contra o Pai celestial. Deus dirá sim ou não para a sua entrada nos Céus. O não será dito a quem recusar a ajuda divina (Jo 3.36; 1 Jo 5.10-12)!

Davi declarou que as chagas dele cheiravam mal. Veja, o pecado também traz um odor desagradável, que incomoda os outros. No entanto, quando uma pessoa se arrepende, o inimigo perde o poder de tocá-la, e ela se torna bem-sucedida e agradável ao próximo. As feridas de Davi estavam corruptas, porque surgiram por causa da iniquidade dele, mas ninguém deve aceitá-las!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares