Clamava cada vez mais

Foto: Ismael Paramo

E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

Marcos 10.48

Antes de falarmos de Bartimeu, vamos destacar alguns servos de Deus que também enfrentaram situações críticas. Ana, cuja lição de vida deve sempre ser lembrada por nós quando estivermos sem esperança, entendeu que a hora dela havia chegado, mesmo que todos a desencorajassem. Ela orou com todas as suas forças a ponto de ser considerada bêbada (1 Sm 1.1-19). Sansão pediu que, pelo menos aquela vez, a sua força voltasse (Jz 16.28). Davi chegou ao fim da sua fuga, mas, quando era melhor se render, Deus fez os filisteus invadirem Judá, e ele continuou vivo (1 Sm 29).

A perseverança de Ana tem de ser copiada quando parecer que só há desesperança para nós; afinal, o clamor dela fez Eli abençoá-la. Algo interessante nessa narrativa nos chama a atenção e fascina: o sacerdote não orou para reverter a esterilidade daquela mulher, mas, ao saber que a sua fé a impeliu a orar daquele modo, tão somente a abençoou. Os sacerdotes atuais devem estar ligados ao Céu, a fim de discernirem como proceder em cada pedido recebido.

A Bíblia registra uma promessa divina, na qual Deus fala claramente que responderá a quem clamar a Ele: Assim diz o SENHOR que faz isto, o SENHOR que forma isto, para o estabelecer (o seu nome): é SENHOR. Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes (Jr 33.2,3). Por meio dessa promessa, temos o direito de orar e ser atendidos no anúncio de coisas grandes e firmes. Use esse direito!

Ao meditarmos sobre o versículo-base desta mensagem, constataremos que Bartimeu clamava, e muitos o repreendiam, mandando-o se calar. É interessante notar que essa ordem não veio do Mestre, e sim do povo ao redor dEle. Uns O seguiam por curiosidade, para testemunhar as pessoas curadas; outros, como os fariseus, para confirmar se elas eram curadas mesmo ou se havia algum truque nisso. Porém, quem convenceria Bartimeu a se calar, se ele estava obedecendo ao que sentia ser seu direito? Clame e creia!

Ana entendeu ser aquela a sua oportunidade de ser alvo do poder de Deus, já que, perante os homens, a sua esperança havia acabado. Ora, o Senhor não fez a mulher para ser mãe? Aquela esterilidade não procedia de Deus, mas do autor do pecado, o diabo. Ela ficaria conhecida como estéril para sempre, se o seu clamor não fosse atendido? Bem, aquele era o momento de se libertar da ideia de que ela pertencia ao diabo e não a Deus.

Temos de nos voltar para as Escrituras. O Pai não impede ninguém de vivenciar o cumprimento do Seu propósito. A religiosidade é perigosa e leva muitos a dizerem coisas que ofendem o Senhor, citando prováveis causas para a obra das trevas nas pessoas. Somente a Bíblia tem condições de apresentar as razões dos flagelos que acometem os povos. Cuidado, quem se abrir para o diabo será visitado por ele!

Por ter orado com veemência, Ana foi vista como bêbada por Eli, o sacerdote. Porém, ele mudou de opinião com a explicação dela. Diante de Deus, Davi se sentiu como um pobre, mas clamou ao Senhor e foi ouvido (Sl 34.6). Use também essa prerrogativa dada pelo Altíssimo a quem O ama: clame a Ele verdadeiramente e será atendido. Para Ele somos todos iguais!


Em Cristo, com amor,


R. R. Soares


Oração de Hoje

Deus da resposta! Bartimeu estava certo de que, um dia, estaria perto do Rei dos reis e, desse modo, oraria e obteria a cura. Tu providenciaste isso na última passagem do Teu Filho por Jericó, e aquele homem vivenciou o milagre. Somos gratos por nos ouvires!

Bartimeu não atendeu às repreensões do povo, que o mandava se calar, e sim continuou ouvindo a Tua voz e logo viu chegar alguns que o incentivaram a não desistir, pois Cristo o chamara. Bom é fazermos o mesmo hoje! Pai, ajuda o necessitado!

Ana resolveu o problema dela com a palavra do sacerdote que Te representava. A Tua Palavra garante que seremos atendidos, se rogarmos a Ti. Fazemos isso neste momento e, em o Nome de Jesus, repreendemos o mal e agradecemos por nos socorreres!