O Império Babilônico estava prestes a cair, e os 70 anos de cativeiro serviram como uma escola do Senhor para os israelitas aprenderem que servir a Ele é infinitamente melhor do que trabalhar para o rei terreno. A escravidão do povo de Deus estava findando e, em breve, os filhos de Israel voltariam à sua terra (Jr 25.1-12). As “peças do xadrez” foram preparadas e estavam prontas para assumir o seu tempo na História. O que aconteceria de bom para Israel o faria aprender a lição?

Todas as pessoas têm a oportunidade de conhecer o Senhor, algumas não tanto quanto outras, e isso também veremos no Dia do acerto de contas. Quantos abusaram da paciência de Deus, agindo de modo contrário às Escrituras e achando que Ele não prestava atenção neles? Quantos foram premiados com a revelação do Alto, mas, por causa de seus desejos lascivos, trocaram a felicidade eterna pelo prazer carnal momentâneo?

Conforme Isaías havia profetizado 200 anos antes, surgiu Ciro, o rei da Pérsia, que entrou na Babilônia sem enfrentar resistência e estabeleceu o Império Medo-Persa (Is 44.28–45.1-7). Um dos seus primeiros decretos foi conceder aos israelitas o direito de voltar à sua terra para reconstruir Jerusalém e o templo, o qual fora destruído pela fúria de Nabucodonosor, devido à vida desregrada e sem temor a Deus que o povo levava (Ed 1.1-4). Tudo isso foi anunciado com detalhes pelo profeta. A Palavra nunca falha!

Depois que os medos-persas conquistaram a Babilônia, o império deles se expandiu, e Dario passou a governar. O reino se tornou o maior daquela época, estendendo-se do Mediterrâneo até a Índia. Para administrá-lo melhor, Dario o dividiu em 127 províncias e nomeou um presidente para cada uma. Então, escolheu três príncipes para supervisionar todos os presidentes. Daniel foi um desses três – o antigo escravo passou a ser uma das figuras mais importante do império.

O Senhor sempre sabe como agir com quem Lhe serve fielmente. Por isso, devemos oferecer ao Altíssimo o nosso melhor em tudo. A Bíblia relata que Dario decidiu entregar a liderança do reino aos mais capacitados. Como Daniel era consagrado a Deus e vivia em obediência à Sua vontade, foi escolhido para ser um dos príncipes do rei. Lembre-se: aqueles que forem fiéis e zelosos em seguir as ordens divinas serão lembrados!

Temos de orientar as pessoas que, após a conversão, elas devem aprender como proceder na casa de Deus e agradar a Ele. Se tivermos as virtudes recomendadas pelas Escrituras para melhor servimos ao Senhor, seremos chamados para assumir mais responsabilidades. No entanto, se a nossa reputação for reprovável, jamais seremos convocados por Ele. O rei só dará o sim, se Deus já houver falado sobre nós. É bom vigiarmos e orarmos!

Daniel não foi para seu novo cargo pensando que tudo seria fácil; afinal, onde trabalha gente ímpia, quase sempre haverá problemas. Jesus nos advertiu: Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33). Essa advertência não foi para nos desanimar, e sim nos motivar a permanecer firmes no Caminho!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares