Imagine a alegria de Abraão nos Céus ao saber que a promessa de Deus, feita nos dias da sua peregrinação sobre a Terra, havia sido cumprida e o seu povo estava livre dentro de Canaã (Gn 15.13-16)! Certamente, o patriarca se realizou por completo, vendo que nenhuma das promessas divinas deixou de ser honrada. A nossa comunhão com o Pai é direta e só funciona na base da confiança, a qual deve ser recíproca.

O Senhor pode parecer tardio em cumprir Suas promessas, mas Ele próprio declarou: E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? (Lc 18.7). O Altíssimo é onisciente, por isso sabe quando deve operar ou ordenar que a obra seja feita em nós. Pelo aspecto humano, não nos é possível saber quando devemos operar, mas, sendo dirigidos por Deus, agiremos de modo certo.

Se olharmos para o sofrimento dos israelitas no Egito e o longo tempo de espera até a última praga, a morte dos primogênitos, talvez tenhamos a sensação de grande demora. No entanto, quando percebemos que não houve uma só morte do lado de Israel, vemos que o cálculo do nosso Pai foi perfeito. Em todas as situações, não se aflija, mas tenha paciência com os planos do Senhor; no final, o caminho escolhido por Ele foi o melhor.

Após liberar os israelitas para adorar a Deus no deserto, Faraó se arrependeu e ajuntou seu exército, a fim de persegui-los. No entanto, o Altíssimo sabia dessa decisão do rei egípcio desde o princípio. Faraó reuniu a sua tropa e foi contra o povo indefeso com o desejo de matá-lo, inclusive Moisés. Porém, o rei foi responsável pela morte de todos os seus soldados – não ficou ninguém para contar história (Êx 14.5-31).

Moisés estava consciente de que nada lhes aconteceria, por isso incentivou seus irmãos a irem até o fim. Mesmo tendo de viver no deserto durante 40 anos, onde não encontraria nenhum alimento nem água, ele confiou na providência divina e viu seu povo peregrinar por terras distantes e despovoadas. Durante esse tempo, viveram do maná que caía do Céu, o qual, diga-se de passagem, era o pão dos anjos com os nutrientes necessários para mantê-los saudáveis e fortes (Êx 16.35).

Ao libertar os descendentes do Seu amigo Abraão, o Senhor provou ser Cumpridor das Suas declarações. Por isso, nenhum povo conseguiu aniquilar a semente de quem confiou no Seu Nome, até mesmo as pessoas usadas pelo diabo. Ogue e Seom, famosos reis amorreus, combateram contra o povo de Deus com os seus exércitos e foram derrotados por Moisés (Nm 21.21-35). Tendo o Senhor como nosso Garantidor, não devemos temer nenhuma ameaça do reino infernal. Somos fortes no Altíssimo!

A promessa do Senhor era tripla: libertá-los do cativeiro, levá-los a Canaã e dar a terra que jurara a seus pais. O Criador colocou as Suas promessas nas Escrituras. Diante dessa certeza, recebendo a confirmação de que elas nos pertencem, só temos de aprender quais são e reivindicá-las em o Nome de Jesus. Creia!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares