Isaque, filho de Abraão em sua velhice, chamou Esaú, o seu primogênito, e deu-lhe uma missão simples de ser executada, já que este era um perito caçador. Na vida nada é demais para quem se prepara para atender ao pedido ou ordem de alguém superior. O patriarca queria abençoar o filho e comer uma carne caçada por ele. Porém, Rebeca, mulher de Isaque, sentiu que era hora de intervir, pois o futuro da humanidade estava comprometido.

Não era exagero: Esaú não poderia se tornar o patriarca da família da qual viria o Messias. Por isso, Rebeca correu o risco de enfurecer o filho, o qual não era gente de bem. Esaú, certa vez, para chatear seus pais, casou-se com duas mulheres dos povos da região (Gn 26.34,35). Ora, isso poderia vir a atrapalhar o plano do Senhor; afinal, tudo a respeito de Jesus tinha de ser santo e consagrado.

A decisão de Rebeca foi difícil para ela e toda a sua família, mas quem ama mais a Deus se arrisca para não atrapalhar o propósito dEle. Sempre devemos estar preparados para que o nosso passado não cause escândalos nem tropeços para o Altíssimo. Não foi isso que o apóstolo Paulo recomendou a Timóteo (2 Tm 2.15)? Cuidado com os escândalos (Lc 17.1)!

Isaque sabia que estava bem idoso e se aproximava o dia da sua partida. Os seus olhos haviam escurecido, de maneira que não podia ver. Não se sabe a razão de ele ter perdido a visão. Moisés nasceu 500 anos depois, e a sua visão era perfeita até os 120 anos, conforme o relato bíblico: Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor (Dt 34.7).

Isaque envelheceu, e seus olhos já não enxergavam nada. No entanto, seu apetite permanecia igual, tanto que chamou Esaú e pediu que caçasse um animal, preparasse a carne do modo como gostava e a trouxesse para que comesse. Isaque também não perdeu a memória. Ele queria que seu primogênito fizesse isso, pois ninguém sabia preparar o prato como ele. Então, o filho foi em busca do animal para satisfazer o desejo do pai.

Nada temos a dizer sobre a decisão de Isaque, e sim nos alegrarmos pelo fato de ele ter chegado aos 180 anos de idade. Abraão, seu pai, morreu com 176 anos. Os servos de Deus daquela época viviam mais do que nós hoje. Porém, isso não deve ser motivo de desânimo. Apesar de alguns terem recursos para pagar os médicos para prolongarem a sua vida, ninguém tem como escapar da morte.

O importante é estar salvo, para que o Altíssimo possa honrar a sua partida da Terra. Não há por que chorar quando sua hora chegar; afinal, nada impedirá a sua morte. Você pode se preparar para esse momento, entregando-se a Jesus como Salvador e Senhor e vivendo na Sua presença!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares