A caminhada iniciada por Moisés no Egito, quando houve o êxodo – a partida dos filhos de Israel rumo à terra de Canaã –, estava chegando ao fim. Eles haviam passado 40 anos no deserto, onde tiveram experiências lindas, e algumas amargas, com o Senhor. Em poucos dias, Deus levaria Seu servo para a eternidade, e os israelitas teriam de se organizar para possuir a Terra Prometida. Então, Moisés se despediu deles e lhes entregou as instruções vindas do Altíssimo.

Assim como Moisés, partiremos para o Lar celestial. Então, cabe indagar: sendo salvos, nós nos preocupamos em ouvir do Pai as recomendações para darmos aos que ficarem aqui por mais tempo? Temos trabalhado para fazer deles servos fiéis, que conhecem o Senhor de fato? Após a nossa partida deste mundo, eles continuarão com Cristo ou se desviarão, perdendo-se para sempre? Isso nos incomoda ou não?

São tantas perguntas que, às vezes, nem nos interessamos pelas respostas. Por que não ministramos a Palavra a quem precisa? A pessoa que não se importa com o futuro dos seus não sabe o quão está perdida. A nossa luta é constante e tormentosa, pois o mundanismo domina o coração de muitos dos nossos e, se eles não se converterem a Jesus, o pecado os levará para o fundo do lago de fogo e enxofre (Ap 21.8). Bom mesmo é termos plena convicção de que somos filhos de Deus.

Não cuidar bem da sua família faz do cristão alguém pior do que os incrédulos (1 Tm 5.8). Recebem o título de irresponsáveis aqueles que não se esforçam para levar os seus a Cristo e os deixam desamparados, sem dar importância ao que lhes acontecerá no âmbito espiritual. Eles produziram vidas para deixá-las nas mãos do rei da maldade, quando deveriam apresentá-las a Deus como prova do seu amor a Ele.

O mundo é cheio de coisas e situações criadas pelo diabo para nos perseguir e nos tirar do Caminho. Como discípulos de Cristo e testemunhas de Deus, devemos preservar a nossa família e apresentá-la ao Rei dos reis como prova de que cumprimos a nossa missão à risca. Jamais ceda às obras da carne nem aos problemas, e sim obedeça à ordem de Jesus e seja feliz para sempre (Jo 14.27; 16.24).

Não haverá desculpa no Dia do Juízo. Se não ganharmos a nossa casa para Cristo, como comparecer à presença dEle de mãos vazias? E quanto aos demais? Nós os temos levado para o Senhor? Deus cobrará dos cristãos o sangue derramado daqueles que se perderam (Ez 3.18,20). O salvo não pode agir com base no que acha ser conveniente. Deve buscar a ajuda divina e não desistir dos seus familiares, pois a Palavra de Deus diz: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa (At 16.31).

Antes que seja tarde, compareça ao tribunal de Cristo, conserte-se com quem se casou e reconcilie-se com quem ama, tornando-se um exemplo vivo de alguém que combateu o bom combate, acabou a carreira e guardou a fé (2 Tm 4.7,8). Não serão aceitas desculpas no último Dia. É tempo de vigiar e orar!

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares