Parece que estamos anestesiados contra o Evangelho, porque o aceitamos, mas não cremos nele ou não o usamos para o nosso bem e o do próximo. Ele é a lei da liberdade, na qual o indivíduo é juiz de si mesmo, pois basta pensar mal de alguém para sentir o desejo de melhorar a sua conduta. Além disso, ao se lembrar de algo praticado no passado que prejudicou a outrem ou desonrou a sua metade, ele ora e se acerta com a pessoa (Mt 5.23-26).

O ódio que tomou conta da pessoa que sofreu o prejuízo e começou a orar para que o seu ofensor nunca fosse bem-sucedido passa, e, por liberar perdão, ela é abençoada por Deus de modo extraordinário (1 Sm 2.3,4). Lembre-se: o Senhor não deseja a perdição de ninguém; afinal, Ele enviou Seu único Filho para morrer na cruz em favor de todos. A obra de Cristo engloba a humanidade; ninguém está excluído da salvação (1 Tm 2.3,4).

Quando uma pessoa tem amor pelas almas perdidas – que, infelizmente, não têm sido o foco das orações dos salvos –, ela se dispõe a ministrar a Palavra e, com isso, torna-se alvo do cuidado do Pai. Aqueles que se dispõem a anunciar a salvação e tudo o que está incluído nela (cura, perdão, paz e prosperidade) são guardados dia e noite (Lc 12.4-7). Tocar em um evangelista é tocar nos olhos de Deus.

A respeito da vontade do Senhor, o apóstolo Pedro disse de modo sábio: O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se (2 Pe 3.9). Nada é mais distante da Verdade do que a teoria da predestinação, a qual afirma que, se alguém está marcado para ser salvo, ele o será, mas, se estiver marcado para a perdição, nunca se converterá.

Quem não teme a Deus desconfia da Sua Palavra e a interpreta pelo que acha certo. Ora, nenhuma passagem bíblica se chocará com outra. As declarações humanas sobre o que o Senhor disse não têm valor algum. Ora, se Ele predestinou alguns à salvação ou à perdição, não precisamos evangelizar. O máximo é abrir uma igreja, visto que os destinados à salvação virão e se juntarão a nós. Grande engano do diabo!

Toda pessoa salva sabe que a sua conversão não foi simples. Ela passou por tentações que quase a fizeram se desviar, mas entendeu que elas vinham do diabo no seu esforço para não perdê-la. Quem se baseia na filosofia da predestinação não conhece o Senhor e, provavelmente, encontra-se entre os convencidos e não no grupo dos convertidos. A Bíblia fala da conversão como arrebatar almas do fogo (Jd 1.23).

Quando a igreja clama, Deus envia os perdidos e dá graça ao pastor para ser usado por Ele, a fim de conduzi-los a Cristo. Quando os irmãos se unem ao líder, e este se entrega ao Senhor em oração e ao estudo bíblico, empregando toda a sua fé, as pessoas encontram o que procuravam e são salvas. O pastor deve zelar pelas ovelhas do Senhor, para que nenhuma se perca.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares