Jerusalém estava tomada de confusão, pois os sacerdotes não sabiam o que fazer com a fé em Cristo. Quanto mais perseguiam a obra de Deus, mais maravilhas eram realizadas pelos servos do Senhor. Eles haviam aprendido com Jesus e, por isso, ensinavam ao povo a Sua doutrina. No Pentecostes, o Espírito Santo foi enviado (At 2.1-4), e quase três mil pessoas se converteram (At 2.41). Agora, veja que o versículo em estudo declara que quase cinco mil foram salvos em Jesus!

A mensagem ministrada por Pedro e João ao povo, que estava atônito ao ver a cura do paralítico, bem conhecido naquela cidade, fez todos se alegrarem muito. Os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus – cuja seita não cria na existência da alma e do espírito – perceberam que o ensinamento apostólico ganhava o povo, mostrando que, em Jesus, havia a ressurreição dos mortos. Eles prenderam e lançaram os apóstolos na prisão por pura maldade.

Na verdade, os religiosos não sabiam como agir em relação aos apóstolos de Jesus, pois as pessoas logo começavam a espalhar aquilo que presenciavam. As multidões viam o que se passava e se assombravam com os enfermos curados, os perdidos salvos e todo tipo de maravilhas. Esse é o Evangelho que Jesus garantiu que seria pregado para que o fim viesse (Mt 24.14).

Muita gente ia verificar se as maravilhas relatadas eram como diziam e, ao constatar a veracidade delas, passava a crer na mensagem que impacta e transforma vidas. Não se trata de poder humano, pois a conversão é operada somente pelo Espírito Santo (Jo 16.8). A verdade é que, sem o envolvimento direto do Senhor, não veremos mudança de vida (2 Co 5.17). Sem isso, não há obra de Deus, e sim da carne. Creia, ore e viva!

É preciso pregar sob a unção divina, para que as pessoas entendam que isso é obra do Céu; de outro modo, nada faremos de bom. Afinal, se alguém vai a um culto, mas não sente Deus falar ao seu coração nem percebe o mover do Céu, ainda que tenha se emocionado ao extremo ali, nada de significativo de fato lhe aconteceu. Daremos conta ao Senhor da obra que Ele nos mandou fazer.

Não podemos perder tempo com coisas que vêm da mente humana, a qual apela para darmos ao povo emoções “fabricadas”, evocadas por pessoas sem a unção do Alto. Aqueles que fazem a obra do Senhor devem sempre se consagrar, para proceder como Jesus. Ele disse: Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último Dia (Jo 6.44). O Pai usa vasos em pecado? Não! Ore e se santifique!

No capítulo 3 de Atos, Pedro começou a pregar a sua mensagem, dizendo aos seus ouvintes que eles mataram Jesus, quando, no Seu julgamento, gritaram: “Crucifica-O”. Eles mataram o Autor da vida, mas, ao terceiro dia, Ele ressuscitou. Fomos mortos e ressuscitamos com Cristo, para sermos testemunhas de que não devemos desprezar as bênçãos de Deus.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares