A nossa filiação espiritual deve ser levada em conta. Ela começou com Abraão, o patriarca fiel chamado de amigo de Deus (Tg 2.23), e continuou com Isaque, o homem pacífico, que, mesmo tendo seus poços várias vezes entulhados pelos invejosos pastores de Gerar, não brigava. Por ser um homem de Deus, Isaque deixou que Ele o defendesse das afrontas e o recompensasse. Assim, colheu cem medidas da semente que plantara (Gn 26.12-33). Creia!

Em seguida, veio Jacó, o filho obediente de Isaque, que, tendo sido superado pelo irmão ao nascer, não desanimou na fé, recuperando a primogenitura, mas teve de deixar sua casa para escapar da ira de Esaú. Na casa do tio, Jacó se enamorou de Raquel e teve de trabalhar e esperar sete anos para se casar com ela. Depois, seu tio e sogro usou de engano, a fim de que Jacó trabalhasse mais sete anos para ter Raquel ao seu lado, o que lhe pareceu breve (Gn 25.23-34; 29.15—32.55). Quem ama sabe que o preço a ser pago não importa!

Falando dos grandes líderes hebreus, temos Moisés. Ele poderia ter sido morto pelas mãos das parteiras ou no rio Nilo, mas foi salvo e criado como um príncipe egípcio. Mais tarde, sabendo de sua origem, ele preferiu sofrer ao lado de seus irmãos a ser tratado como filho da filha de Faraó (Hb 11.23-26). Por ordem de Deus, ele tirou Israel do Egito. Os servos do Senhor sempre agem com toda a sabedoria divina.

Josué liderou os israelitas na conquista e ocupação de Canaã. Perto de morrer, ele ouviu que ainda faltava muita terra por conquistar, e isso deve tê-lo entristecido, pois foi dito pelo Senhor (Js 13.1). Logo após a morte de Josué, os anciãos que estavam ao lado dele e o sucederam na liderança do povo oraram para que o Senhor aumentasse os seus dias, a fim de que ensinassem aos novatos (Jz 2.7).

Após os juízes, vieram os reis de Israel. O primeiro, Saul, deixou-se levar pela glória e vaidade humanas e deu um mau exemplo para seus súditos e para os que o sucederam no trono. O segundo, Davi, foi pastor de ovelhas, um guerreiro poderoso vitorioso nas batalhas e um homem segundo o coração de Deus (At 13.22). Além disso, os profetas foram de grande importância não só para a sua nação, mas também o são até hoje para a Igreja de Cristo.

Adiantou o rei Peca, filho de Remalias, subir de Samaria com o rei da Síria para pelejar contra Judá, contrariando a decisão de Deus? (2 Rs 15.27-29). Contra o povo de Deus, conforme reconheceu Balaão, não vale encantamento nem adivinhação (Nm 23.23). Ora, se Deus é por nós, quem será contra nós? (Rm 8.31). No final, a vitória virá para quem ama o Senhor. Não temamos o perigo, e sim nos entreguemos ao Pai!

Não importa onde seja a peleja a ser travada; sairemos vitoriosos, porque o Senhor dos Exércitos lutará conosco e por nós. A nossa luta não é contra os homens, mas contra principados, potestades, príncipes das trevas e hostes da maldade (Ef 6.12).

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares