Para onde iremos?

Foto: Javier Allegue

E será que, quando te disserem: Para onde iremos? Dir-lhes-ás: Assim diz o SENHOR: Os que são para a morte, para a morte; e os que são para a espada, para a espada; e os que são para a fome, para a fome; e os que são para o cativeiro, para o cativeiro.

Jeremias 15.2

Os israelitas irritaram o Senhor. Ele os havia tirado do cativeiro do Egito para servirem de exemplo às nações, mas, não entendendo a vontade divina, portaram-se como os ímpios e fizeram o que era mal aos olhos de Deus. Já não havia diferença entre eles e os povos pagãos, por isso voltariam à “escola” do cativeiro. A contragosto do Altíssimo, a Babilônia seria o novo mestre deles. Não brinque com a Verdade!

No mundo, há o seguinte ditado: “Quem não aprende por amor aprende pela dor”. Quando eu ouvia isso, ainda menino, orava: “Pai, ensina-me pelo amor e não pela dor”. Eu amava ler João 3.16: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. O meu coração vibrava com esse amor do Pai por nós!

Israel pirraçou o Senhor de tal maneira, que Ele chegou a dizer: Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam (Jr 15.1). Ora, o nosso Deus é sentimental a ponto de perdoar quem O procura com um coração sincero e quebrantado (Sl 51.17). Mas, infelizmente, os israelitas passaram dos limites, desobedecendo ao Altíssimo. Até o profeta Jeremias perseguiram (Jr 38)!

Ao sentirem que se aproximava a hora de marcharem para o cativeiro babilônico, perguntaram para onde iriam. Como fica magoado o coração de Deus com aqueles que, em vez de O procurarem para se acertar, recusam a Sua Palavra. Muitas vezes, dentro da igreja, vemos atitudes semelhantes às que ocorrem entre os perdidos. Triste de quem sai da proteção do Senhor para ciscar no terreiro do diabo. Essa pessoa enlouquecerá na volta de Jesus!

A sentença dos rebeldes de Judá se dividiria em quatro partes. A primeira, irreversível, seria para a morte. Muitas pessoas se entregaram tanto ao diabo, que nada mais havia a ser feito por elas. João Batista falou sobre isso: E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo (Mt 3.10). A segunda dizia respeito aos que morreriam na guerra, inclusive os filhos do rei (2 Rs 25.7).

A terceira seria a morte pela escassez de alimentos que ocorreria no reino de Judá, demonstrando, assim, a indignação de Deus para com a rebeldia dos descendentes de Davi. Algo parecido é visto nos dias de hoje, embora não haja propriamente escassez de alimentos, e sim a má distribuição deles. Além disso, muitos têm causado alergias e outros males. Perceba: a função dos alimentos é nutrir o corpo e não causar morte.

A quarta parte dizia que um grupo de israelitas iria para o cativeiro, e assim ocorreu. Nabucodonosor separou os mais sábios e os levou para seu país, a fim de trabalharem nas suas especialidades e dentro do palácio real. De semelhante modo, vemos famílias cristãs presas no cativeiro do maligno – nas drogas, no pecado e no crime. É preciso orar e vigiar!


Em Cristo, com amor,


R. R. Soares

Oração de Hoje

Senhor das advertências! Por não atentarmos à Tua Palavra, a Tua advertência à Judá se cumpre em nossos dias. Somente com a Tua ajuda nos converteremos e mudaremos nossos procedimentos, não mais escondendo a verdade. Socorre-nos, Pai!

Como será na tão aguardada volta de Jesus? Afinal, aqueles que estiverem sujos de pecado não usarão as vestes brancas, tão necessárias para se apresentarem diante do Teu Filho santo e santificador. Ensina-nos sobre esse assunto da maior importância!

Não podemos ser como o náufrago que nadou dia e noite, e, ao chegar à praia, não aguentou e morreu. Queremos ir até o fim, para repousar e estar na nossa sorte no final dos dias. Apenas com a Tua orientação isso é possível. Auxilia-nos, ó Todo-Poderoso, misericordioso Salvador!