Deus nos ensina a crer em milagres. No deserto, onde não há chuvas e, portanto, nenhuma condição de plantio, Ele garante que plantará árvores que só nascem onde há água em abundância. Deus não teme quem crê que Ele pode fazer qualquer coisa, mesmo onde não há a mínima condição de aparecer as Suas obras. Se Ele lhe prometer algo, nunca diga: “Isso é impossível de acontecer!”.

Houve um tempo em Israel – o reino do Norte – que não havia comida por causa da seca. Além disso, os preços dos poucos produtos eram exorbitantes. Um pacto macabro, então, foi feito entre duas mulheres: elas matariam seus filhos para comê-los, pois não havia como se alimentar (2 Rs 6.24-30). Então, a culpa dessa tragédia caiu sobre Eliseu, o profeta sucessor de Elias, pois, como este havia trazido seca ao país nos seus dias, supunha-se que o seu substituto também havia contribuído para tal.

No pacto demoníaco, as mulheres comeriam os filhos. Uma contou que, no dia anterior, dera seu filho, mataram-no e o comeram, mas, no dia seguinte, a outra não quis entregar o filho para o mesmo fim. Ao ouvir essa monstruosidade, o rei decretou a morte de Eliseu, dizendo: Assim me faça Deus e outro tanto, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, hoje ficar sobre ele (2 Rs 6.31). Uma palavra do Céu veio para socorrer o profeta, afirmando que, no dia seguinte, haveria abundância de comida!

O capitão que se dirigiu a Eliseu debochou dele, porque o homem de Deus pediu que transmitisse ao rei que haveria fartura de comida no dia seguinte. O comandante, que era a pessoa mais incrédula entre os habitantes de Israel, indagou: Eis que, ainda que o SENHOR fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso?, mas profeta disse: Eis que o verás com os teus olhos, porém daí não comerás (2 Rs 7.2b). É perigoso dizer diante do servo do Senhor que o Altíssimo não cumprirá o seu dito.

Quatros leprosos viviam pelos campos, afastados da convivência com os seus familiares, por causa da lepra que julgavam transmissível. Então, decidiram o seguinte: Se dissermos: Entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos aí; e, se ficarmos aqui, também morreremos; vamos nós, pois, agora, e demos conosco no arraial dos siros; se nos deixarem viver, viveremos, e, se nos matarem, tão somente morreremos (2 Rs 7.4).

Eles se levantaram antes do nascer do Sol, foram ao arraial dos sírios e o encontraram vazio. Deus reproduziu milhares de vezes as pisadas dos leprosos; por isso, ao ouvirem tamanho barulho, os sírios fugiram. Os leprosos entraram e começaram a comer e a guardar para o próprio consumo parte do que lá havia, mas reconheceram que não estavam agindo corretamente. Assim, dirigiram-se a Samaria a fim de contar ao povo sobre a fuga dos sírios. Depois de ouvirem as boas notícias, todos saíram para conferir.

Eram muitas pessoas querendo sair. O capitão que duvidou de Eliseu tentava, em vão, impedi-las, pensando se tratar de uma estratégia síria. Ainda assim, não seria possível tal milagre, se não houvesse a palavra de Quem cumpre a Sua promessa. Pelo fato de ter desdenhado do profeta, o capitão permaneceu à porta da cidade, e o povo, afoito por conferir a novidade, atropelou-o, e ele morreu (2 Rs 7.20).

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares