Plantas das suas delícias

Foto: Roman Synkevych

Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercessem juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis aqui clamor.

Isaías 5.7

Se Adão tivesse pensado bem no momento em que viu Eva comendo do fruto proibido, não teria participado do pecado da sua companheira. Ele morreu espiritualmente, sendo afastado de Deus, e nós já nascemos mortos por sermos descendentes dele (Rm 5.12). O primeiro Adão falhou, deixando-nos uma herança ruim, mas o segundo Adão, Jesus, pagou totalmente a dívida deixada pelo primeiro, riscando-a da cédula que havia contra nós (Cl 2.14).

Até a vinda de Jesus, a vinha do Senhor dos Exércitos era a casa de Israel, mas, após Cristo morrer e ressuscitar para nos dar a salvação, a vinha passou a ser a Sua Igreja, composta pelos que nasceram de novo. Fomos recriados de novo para sermos as vides excelentes do Seu jardim. Deus espera que produzamos vinho, o qual representa o sangue de Jesus. Nada nos falta, a não ser descobrir nas Escrituras o que somos e temos nEle!

Naquele tempo, os homens de Judá eram a planta das delícias do Senhor, porém, hoje, esse título é endereçado a nós. Tendo aceitado Jesus como Salvador, nascemos de novo e somos feitos herdeiros dEle, como diz a Bíblia: E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados (Rm 8.17). Agradeça por tal honra!

Deus viu que Abraão obedeceria à Sua ordem, por isso o chamou para sair da sua terra e ir a um lugar que lhe seria mostrado (Gn 12). Ele obedeceu, dispôs tudo o que possuía para fazer o correto, saindo para seguir o Altíssimo e encontrar a Sua morada. O caráter de Abraão foi mudado, e ele respeitou o Senhor em tudo, fazendo a vontade dEle. Então, Deus lhe fez promessas de que, se cumprisse os Seus mandamentos, ele seria pai de Israel, um numeroso e abençoado povo (Gn 15.5).

O Todo-Poderoso chamou os homens de Judá como planta das Suas delícias, a semente a ser plantada por Ele para ser a excelente videira. Ele sabia que esse plantio daria boa colheita. Ora, se o terreno era um outeiro fértil, só nasceriam boas uvas. Era a Verdade em ação! No entanto, muitas vezes, agimos como os fariseus. Vemos a maldade, mas não a condenamos e até concordamos que o erro não foi tão ruim assim. Vigie!

O Altíssimo reclamou deles, dizendo que esperava que exercessem juízo, ordenando a saída do mal. Entretanto, não se importaram em fazer o certo, pois nem eles nem os seus familiares foram prejudicados. Quando tomamos esse tipo de atitude, damos permissão ao pecado de continuar em nossa vida. Se alguém sabe que a outra parte é privada de sabedoria, jamais deve vender-lhe algo ou comprar dela aquilo que a prejudicará. Deus esperava que Seu povo exercesse juízo, mas não o fizeram!

Grande decepção o Senhor sofreu! Os homens de Judá nada fizeram para que o direito fosse reconhecido, e as consequências disso foram inevitáveis. Então, o clamor do necessitado chegou aos ouvidos de Deus. Seja obediente ao Pai celestial!

Em Cristo, com amor,


R. R. Soares


Oração de Hoje

Senhor do juízo e da justiça! Quando a Tua Igreja não ora, para que o juízo triunfe, ela erra. Sendo a planta das Tuas delícias, o Teu povo precisa Te amar e agir em favor de quem não tem a ajuda de ninguém. Não podemos ser fariseus, e sim pessoas justas!

Se a Tua vinha não exerce o juízo, por que Tu a colocaste em um outeiro fértil? Ela deve estar onde a Verdade reina, porque é o melhor de Ti no mundo. Os homens que compõem a Tua casa, sendo vides excelentes no outeiro fértil, têm o poder para socorrer o necessitado.

Resultado: os habitantes de Judá deixaram que a opressão imperasse. Isso foi ruim, pois a culpa recaiu sobre Ti. Ora, se Tu nos convocas para a obra, por que não fazermos justiça, para não haver mais clamor? Ensina-nos a Te servir!