A situação na sinagoga em Nazaré ficou séria. Os religiosos não temiam o Senhor, por isso julgaram Jesus persona non grata e O expulsaram de lá. A fúria deles contra o Mestre era tão grande que O levaram ao cume do monte com o propósito de matá-Lo. Os ouvidos deles estavam agravados para não ouvir a Verdade. Será que eles conseguiriam executar o que queriam?

Nos tempos atuais, muitos também apresentam o mesmo sentimento de insatisfação para com quem lhes fala sobre a vontade divina. Essas pessoas alegam que não querem, por exemplo, mudar de religião. A proposta do servo de Deus é boa e nada tem a ver com dogmas religiosos. A missão do cristão é falar aos perdidos sobre tudo o que Jesus sofreu. Se há alguém que nunca foi abençoado, pode ser agora; basta aprender a dar os passos certos na fé.

O povo de Nazaré não queria que o Mestre voltasse àquela cidade para ensinar a Palavra nem mesmo para visitar os amigos. A raiva dos religiosos se mostra quando Deus faz maravilhas entre eles, por isso tramam a fim de parar a qualquer custo o trabalho de Cristo. Eles temem que seus templos fiquem vazios! Quando as pessoas dão ouvidos à mensagem da cruz, conseguem obter a fé real que as liberta dos males!

Vejamos o exemplo de Naamã, comandante dos exércitos da Síria, que contraiu lepra. Ele ouviu falar que, em Samaria, havia um profeta capaz de curá-lo, pois este tinha fama de andar com Deus. Diante disso, o rei da Síria enviou Naamã ao rei de Israel com uma carta, solicitando que o líder militar fosse curado. Eliseu, então, orientou o seu rei, que ficou surpreso com o pedido, por não saber que o profeta tinha tal autoridade. Este, inclusive, pediu que encaminhasse o doente até ele (2 Rs 5.1-8).

O Salvador tinha dito no templo que, em Israel, havia leprosos iguais ao sírio, mas nenhum deles se interessara em procurar Eliseu e, em razão disso, não foram sarados. Ora, o profeta poderia ter curado todos! Além disso, Cristo mencionou que nenhuma viúva da nação israelita fora ajudada na crise produzida pela seca (Lc 4.25-27). Jesus falou diretamente do erro deles. Natanael, discípulo de Jesus, era o preconceituoso do grupo, pois perguntou se alguma coisa boa viria de Nazaré (Jo 1.45,46).

Em cada ambiente, o demônio atua de modo diferente nas pessoas. Há lugares em que alguns pecam por causa da falta de fé em Cristo ou porque se deixam levar pela carne; em outros, o povo recebe a doutrina de dar prejuízo aos demais. Também existem os espaços em que grupos gostam de invocar espíritos maus, e onde muitos são materialistas. Os cristãos servem a Jesus e, por isso, são sábios e não ofendem ninguém. Falar a verdade não é ofensa!

Os que se rebelaram contra o Senhor perderam tempo, pois, como não O conheciam, pensaram que poderiam lançar Jesus do precipício. Cristo Se deixou ser levado até o momento em que O arremessariam. Então, Ele usou o poder divino, e aqueles indivíduos sequer souberam como agir. Cristo saiu de lá caminhando entre eles e seguiu o Seu caminho.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares