Quando os incapacitados dirigem

Foto: Hammam Fuad

Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. Ah! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho das tuas veredas.

Isaías 3.12

Os países cujos governantes são como crianças não são lugares saudáveis para se viver, porque as leis criadas são injustas. Afinal, seus autores, muitas vezes, sentem-se acima dos limites legais e abusam do povo, agindo como se estivessem em uma terra sem regras. Agora, adequada para se viver é a nação cujo Deus é o Senhor, onde a maioria O respeita e as pessoas seguem bons princípios (Sl 33.12).

O profeta Isaías fala de um tempo em que Israel sofreria muito, porque os governantes e os aplicadores da lei seriam imaturos e oprimiriam o povo. Ora, a lei existe para proteger aqueles que a respeitam: os cidadãos que primam pelo bom viver, levando em consideração o direito de todos. A corrupção, por exemplo, é um mal que deturpa o entendimento até dos aplicadores da lei e precisa ser erradicado.

Isaías previu a ascensão das mulheres na liderança da nação, o que, naqueles dias, seria prejudicial, porque elas eram treinadas apenas para trabalhos de casa. Nesse caso, o profeta afirmou que, se elas estivessem em posições para as quais não haviam sido preparadas, todos sofreriam. Foi Jesus quem deu início à preparação das mulheres, ao ter, no Seu grupo de ajudadores, muitas que permaneceram aos pés dEle para aprender os Seus ensinamentos (Lc 8.1-3). Quem ouve a lição aprende!

Certa ocasião, Cristo Se dirigiu para a sinagoga de uma cidade da Galileia e começou a ministrar a Palavra que levaria os presentes a terem a fé capaz de curá-los de seus males. Ele era perseguido pelos sacerdotes e fariseus, uma seita do judaísmo conhecida e respeitada naqueles dias, além dos escribas, homens que copiavam e ensinavam as Escrituras, letra por letra, e, por isso, julgavam saber qual era a vontade de Deus. Jesus mostrou a causa do sofrimento de todos aqueles que estavam ali (Lc 5.17-26).

O Mestre viu uma mulher encurvada e soube que ela sofria desse mal havia 18 anos. E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade (Lc 13.12). Por que a declarou livre, antes mesmo de impor as mãos sobre ela? Porque ela tinha dado ouvidos ao que Ele ensinava; afinal, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus (Rm 10.17).

Ao dizer que, atrás daquela anormalidade, havia um espírito maligno (Lc 13.16), Cristo sacudiu a estrutura da religião oficial daqueles dias. Os fariseus diziam que Ele expulsava demônios por Belzebu, o chefe dos espíritos maus. Porém, o povo, presenciando as libertações, começou a dar atenção ao Salvador, pois a Sua Palavra tinha poder. Após mostrar que a causa era espiritual, algo nunca antes dito àquelas pessoas, Jesus passou a ensinar por parábolas (Lc 13.17-30).

Precisamos de governantes que conheçam o Senhor e jamais aceitem agir buscando suborno. Assim, o povo aprenderá a proceder de modo correto. Os ministros do Evangelho não devem se tornar políticos, porque a unção recebida do Altíssimo destina-se a educar o povo de Deus na Palavra. Quem se propõe a ser condutor de uma nação é o mais tentado pelo diabo. Cuide-se!


Em Cristo, com amor,


R. R. Soares


Oração de Hoje

Deus das veredas santas! No passado, houve servos Teus habilitados a conduzir Israel, e o Teu povo vivia bem, como Davi, que era um perfeito adorador, escritor dos Salmos e também um verdadeiro guerreiro. Nós Te glorificamos por isso!

Como a Tua Igreja pode ajudar a nação a se reerguer, se as forças opressoras dominam as pessoas e, por isso, os maus exemplos abundam em toda parte? Socorre-nos, Pai, pois precisamos consertar o país!

Gente fraca no comando da nação fará o povo ser enganado em todos os sentidos. Muitos serão destruídos no meio do caminho, e até servos Teus podem praticar aquilo que não Te agrada. Ah, Senhor, o povo é Teu! Pedimos misericórdia e as Tuas fortes ações!