O povo de Deus é ensinado que o diabo, o espírito da maldade, existe. Ele é perverso e deseja fazer mal a todos, inclusive aos que andam retamente. Desde que Adão lhe abriu a porta, o maligno age noite e dia, com todo o seu ódio, para separar amigos, destruir famílias e dar um fim desastroso a quem aceita as suas sugestões (Jo 8.44; 10.10a). Infelizmente, muitas pessoas não procuram o Senhor ao serem tentadas e, deixando-se enfeitiçar pelo inimigo, caem em pecado.

Não é o diabo quem faz marido e mulher se chatearem um com outro, até que um deles decide ceder ao pecado? Não é ele quem faz um filho criado com amor levantar-se contra os pais, a ponto de contratar alguém para matá-los? Sim! Saiba que deixar de buscar a Deus na hora da tentação nos fará cair nela (Mt 6.13). Isso dará permissão ao adversário para nos oprimir e nos destruir.

O maligno se esforça para abrir brechas em nossa comunhão com o Senhor, a qual opera na fé em Cristo. Precisamos vigiar e orar, para não entrarmos em tentação (Mt 26.41). Se não recorrermos à direção do Céu para tomarmos as decisões certas, daremos oportunidade ao diabo para agir em nosso meio. O resultado será visível: declínio e fracasso na fé.

Ló, por exemplo, estudou na melhor “universidade” da época, dirigida por Abraão, que, com as experiências obtidas no dia a dia e pela iluminação do Senhor para que fosse bem-sucedido em tudo, soube educar o sobrinho, criando-o como filho. Porém, como a fé vem por ouvir a Palavra (Rm 10.17), Ló mostrou que ainda precisava aprender mais para não deixar o inimigo usá-lo para atrapalhar a vida do tio.

A proposta feita por Abraão acabaria com a briga dos pastores dele com os de Ló. O patriarca percebeu que aquela contenda vinha do diabo e, depois de orar, chegou à conclusão de que melhor seria que se apartassem um do outro. Então, disse a Ló que escolhesse o seu caminho. Se fosse o sobrinho para o Oriente, ele iria para o Ocidente; e vice-versa. Ló não demonstrou um pingo de amor pelo tio. Em vez de partir, poderia ter cogitado vender os seus rebanhos e despedir os seus pastores. Não faça como ele!

Tio e sobrinho habitavam perto dos cananeus e ferezeus, povos que deveriam ver o bom exemplo deles – servos do Senhor –, a fim de renunciarem aos seus ídolos e adorarem apenas o verdadeiro Deus. No entanto, pelas brigas que presenciaram, não pensariam nessa possibilidade. O sucesso da Igreja se deve ao fato de seus membros servirem ao Criador de tudo. O que você diz sobre isso? Ore e aja segundo as Escrituras!

O Evangelho precisa da fidelidade dos salvos em todo o tempo, para que ninguém tenha argumentos para falar mal deles (1 Pe 2.12; 3.16). Até a maneira de andar dos servos do Senhor é importante. Não podemos colaborar com o mentiroso-mor, o qual nos acusará, caso promovamos escândalos contra o Reino de Deus.

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares