O Pai escolhia os lugares onde Jesus deveria estar e O conduzia para fazer as obras capazes de levar o povo à presença divina. Cristo disse que agia conforme via Seu Pai fazer e falava de acordo com as orientações dEle (Jo 5.19). Ora, se deixássemos o Espírito Santo nos usar, veríamos mais maravilhas em nosso meio (Jo 14.12). Quem se entrega a Deus completamente é usado para ajudar o povo a entrar pela Porta estreita (Mt 7.13,14).

Aqueles dias tinham sido de grande trabalho, mas, como sempre fazia, o Mestre seguia o exemplo do Pai. Era importante aos olhos do Criador que o Filho fosse o Modelo para quem quisesse ser bem-sucedido na fé: Porque o Pai ama ao Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis (Jo 5.20). Imite o Senhor!

Jesus investia um bom tempo instruindo Seus discípulos e mostrava a quem ainda não compreendia a Verdade a necessidade de aplicar os Seus ensinamentos, a fim de não agir segundo a carne. Hoje, as mesmas lições são preciosas, pois vivemos em um tempo conturbado no qual muitos só se preocupam em obter mais dinheiro e prazer. Não entramos no Reino do Filho de Deus para nos inchar de carnalidade e viver como se tudo se encerrasse com a nossa morte (Gl 5.19-21).

Não sabemos quantos dias Cristo e os discípulos ficaram em Jericó; a verdade é que o número de pessoas que seguia o Salvador aumentou bastante. Porém, saindo de lá, além dos discípulos que não O abandonavam por nada, muitos decidiram ir com Ele. Jesus continuava a fazer a obra. Nessa cidade, foi à casa de Zaqueu, o coletor de impostos, que abriu seu coração e confessou que, se tivesse tomado algo para si, faria o exigido pela Lei de Moisés (Êx 22.1). Zaqueu e sua casa foram salvos (Lc 19.9,10).

Quando o Mestre saiu da cidade em direção a Jerusalém, onde seria preso e morto, um cego que mendigava perguntou por que tantas pessoas passavam por ali, e disseram-lhe que seguiam Jesus. Estas agora compunham uma grande multidão, porque era gigantesco o número de pessoas que tinha prazer em andar ao lado do Salvador, para ver as maravilhas sendo feitas na vida de todo o povo. Por que a mão de Deus operava sobremaneira naqueles dias? Imagine!

Havia um cego que sobrevivia às custas de trocados. Seu nome era Bartimeu, filho de Timeu, que, assentado, pedia ajuda para sobreviver. Quando Bartimeu soube a razão de tanta gente seguir o Senhor, começou a rogar por misericórdia e socorro. De início, parece que o Mestre não lhe deu atenção. Como Jesus continuava a andar, afastando-se de Bartimeu, este clamava mais alto. Era o momento decisivo!

O grito do cego fez o Mestre parar e mandar chamá-lo. Havia pessoas que lhe ordenavam a não perturbar Jesus, mas o Senhor lhe disse que se levantasse e tivesse bom ânimo, porque Ele o chamava. Ao ser convocado à presença do Senhor, Bartimeu foi curado e orientado no que fazer (Mc 10.47-52).

Em Cristo, com amor,

R. R. Soares