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20/10/2025
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100 milhões de cristãos não têm a Bíblia

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Para 100 milhões de cristãos ao redor do mundo, o acesso à Bíblia é uma impossibilidade – imagem: Adobe Stock

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Nada menos que 100 milhões de cristãos em todo o mundo não têm acesso à Bíblia Sagrada. A estimativa foi divulgada no início de outubro por meio da Bible Access Initiative (Lista de Acesso à Bíblia), elaborada por entidades cristãs internacionais, como a missão Portas Abertas e a Sociedade Bíblica Digital. O levantamento, que reúne dados de 88 países, considera desde restrições legais à posse e leitura do Livro Sagrado até carências materiais, conflitos armados e  perseguições religiosas que impedem o acesso às Escrituras. A lista agrupa os países em cinco tipos de restrições — extremas, severas, consideráveis, algumas restrições e restrições mínimas. No topo do ranking, estão as nações que já se destacam na lista mundial da perseguição religiosa, também elaborada por Portas Abertas. São elas: Somália, Afeganistão, Iêmen, Coreia do Norte e Mauritânia, entre os mais rigorosos. No caso da Somália, o documento sinaliza que, segundo a Sharia, conjunto de regras islâmicas que rege tanto a vida religiosa quanto os direitos civis, é ilegal imprimir, importar, armazenar ou distribuir Bíblias.

Um dos objetivos da divulgação da Lista de Acesso à Bíblia é fornecer subsídios a igrejas e organizações missionárias dedicadas à distribuição e ao acesso da Bíblia para todos. Grandes países islâmicos, como Arábia Saudita e Paquistão, também impõem restrições severas não apenas à Bíblia impressa, mas também às versões digitais. O estudo ainda considera que muitos cristãos são de nações ou grupos étnicos que não possuem a Bíblia em seu idioma, realidade comum em regiões remotas da África, Ásia e Oceania.

Na Europa, apenas Rússia e Ucrânia aparecem na categoria de países com algumas restrições. No caso ucraniano, os efeitos econômicos e estruturais da guerra, que já dura mais de três anos, dificultam o acesso ao Livro. O Brasil, por sua vez, ocupa o 88º lugar, ou seja, o que menos restringe a circulação de Bíblias na listagem. Por aqui, o desafio não é a escassez de exemplares — o país é um dos líderes mundiais na distribuição das Escrituras —,mas o acesso financeiro. O relatório aponta que muitas famílias não têm recursos para adquirir um exemplar. Os altos impostos e até a corrupção são apontados como fatores que elevam os custos de produção e venda.

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