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A procura por livros, principalmente os físicos, já não é mais tão constante entre os brasileiros como em anos anteriores, segundo análises. Essa é uma das conclusões da última edição do projeto de pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, promovida pelo Instituto Pró-Livro. De acordo com o trabalho, apenas 20% dos brasileiros fazem dos livros a sua companhia nas horas livres. Os dados são referentes ao ano de 2024 e fazem outro alerta: o índice de leitores vem caindo progressivamente. As páginas impressas têm perdido cada vez mais espaço para as distrações virtuais, como o uso de internet e das redes sociais, atividades que cerca de 80% das pessoas pesquisadas admitem dedicar mais tempo.
Falta de tempo, de paciência ou, simplesmente, desinteresse são apontados como os principais motivos para o afastamento dos livros. Além disso, o último relatório aponta uma inversão marcante — pela primeira vez, desde 2007, quando começou a série histórica de Retratos da leitura –, o país registra menos leitores (47%) do que não leitores (53%). Para o estudo, é considerado não leitor aquele que não leu nem sequer um trecho de livro, impresso ou digital, de qualquer gênero, nos três meses anteriores ao levantamento.
Mesmo entre os que leem, a média nacional é de menos de um livro inteiro lido por ano — em torno de 0,82 livro por entrevistado. E se engana quem pensa que o grau de instrução aumenta, estatisticamente, o hábito da leitura: apenas 35% das pessoas com Ensino Superior relataram ler livros no tempo livre.
Retratos da leitura é considerada a pesquisa mais abrangente em sua modalidade e mede o comportamento do leitor brasileiro. Realizada pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), a sondagem ouviu 5.504 pessoas em 208 municípios de todo o Brasil, por meio de formulários com questões com índice de erro de 1%. Os resultados são levados em conta na definição de políticas públicas em Educação e sinalizam tendências para o mercado editorial nacional.