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06/03/2025
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Brasileiros deportados dos EUA terão centros de acolhimento

Arrested suspect with handcuffs & dark blue travel document in a rear pocket.


Por Carlos Fernandes
, do Ongrace

Brasileiros deportados dos EUA são acolhidos em Manaus (AM) – Imagem: Arte sobre foto de mzayyad / Adobe Stock

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O governo federal anunciou a instalação de um posto de acolhimento humanitário para receber brasileiros deportados dos Estados Unidos da América (EUA). A unidade funcionará no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG), terminal de destino dos voos que trazem os indocumentados. A decisão tem como objetivo oferecer mais dignidade às pessoas que saíram em busca de uma vida melhor nos EUA, mas que não conseguiram se estabelecer legalmente naquele país.

A previsão é de que a quantidade de voos dessa natureza, cuja média até o ano passado era de 12 a 14 por ano, deve aumentar bastante. Isso porque o governo do presidente Donald Trump está intensificando as ações de captura e expulsão de estrangeiros em situação irregular. Atualmente, cerca de 600 mil brasileiros vivem regularmente nos Estados Unidos, porém o número de ilegais deve ser próximo disso.

“Nossa expectativa é trabalhar para garantir que famílias não venham separadas e que esses passageiros tenham boas condições de água, alimentação e temperatura na aeronave”, frisa a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo. A preocupação é em razão do primeiro voo de deportação do segundo governo Trump, que chegou ao Brasil no dia 25 de janeiro. Além de desembarcarem em Manaus (AM) algemados e acorrentados nos pés, os 88 deportados — entre eles, famílias com crianças — relataram agressões e privação de alimentos e água a bordo.

“Estamos agora trabalhando para encontrar soluções e formas adequadas para que cheguem ao Brasil os brasileiros repatriados, mas dentro da atenção absoluta ao respeito aos direitos humanos, as condições necessárias de viagem e atenção necessária aos passageiros nesses voos”, destaca o chanceler Mauro Vieira. Ao mesmo tempo, o Ministério das Relações Exteriores já iniciou negociações com as autoridades americanas para humanizar o processo de deportação.

Além de acolher os recém-chegados, os postos do aeroporto vão facilitar o contato dessas pessoas com as famílias que ficaram no Brasil e seu retorno às cidades de origem. O serviço também estará conectado a órgãos públicos, de modo a promover as necessárias ações de saúde e readaptação, bem como políticas de inserção no mercado de trabalho e regularização de documentos.

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