Igreja da Graça difunde a Palavra no sertão nordestino
20/03/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace
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Uma pesquisa realizada pelo instituto americano Pew Research, especializado em levantamentos sobre comportamento, religião e sociedade, aponta que mais da metade dos brasileiros pesquisados (52%) defende a ampliação da influência da Bíblia Sagrada na formulação do aparato legal do país. Os entrevistados acreditam que, em caso de conflito entre os ensinos do texto sagrado e as tendências da sociedade, o conteúdo e os valores das Escrituras devem prevalecer na elaboração das leis.
Os resultados da enquete contrariam a opinião de uma parcela da população que acredita na laicidade. Dentro dessa perspectiva, a vida pública e a gestão do Estado deveriam reduzir a influência religiosa na vida das pessoas. Entretanto, o estudo mostra justamente o oposto no Brasil e também em outras nações em que há grande concentração de cristãos, como Quênia – onde 68% dos habitantes querem mais interferência bíblica nas leis –, Colômbia (57%) e Filipinas (51%).
Nos Estados Unidos, que concentram a maior população protestante do mundo em números absolutos, pouco menos da metade (49%) das pessoas adultas acreditam que o texto religioso deveria direcionar, em nível razoável, as leis nacionais. Entre os países mais ricos, a maioria acredita que a Bíblia não deveria embasar a criação das leis. É o que pensam os suecos (67%), franceses (66%), holandeses (60%), australianos (59%), alemães (57%), canadenses (55%), ingleses (51%) e italianos (50%). Nessas nações, onde a rejeição à tradição judaico-cristã nesse assunto é muito alta, os resultados da pesquisa não surpreendem, uma vez que, há pelo menos três décadas, seus habitantes têm defendido majoritariamente a ideia de um Estado secular.
