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Ceia de Natal: como fugir dos impactos da alta do dólar

Cotação da moeda americana bateu recorde, influenciando preços de produtos natalinos

Por Marcia Pinheiro, do Ongrace

O dólar mais caro afeta o preço de itens, como queijos, carnes, aves, bacalhau, nozes, frutas secas e até especiarias – Imagem: Ilustrativa / Canva

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A recente alta do dólar no Brasil tem gerado impactos significativos na economia do país, refletindo diretamente no bolso do consumidor, especialmente durante o período de festas. A ceia de Natal, uma das celebrações mais tradicionais do calendário brasileiro, não ficou imune a esses efeitos. Com o aumento da moeda americana, muitos produtos, principalmente os importados, tiveram seus preços elevados, comprometendo o orçamento das famílias. Pela primeira vez, o dólar comercial atingiu o valor de R$ 6,001, registrando uma alta de 0,19% na semana passada, depois de ter alcançado o pico de R$ 6,11. Já a cotação do dólar turismo subiu 0,31%, indo para R$ 6,242. Esse aumento foi uma reação ao anúncio das alterações feitas pelo governo federal na isenção do Imposto de Renda e ao pacote de ajuste fiscal, que foi recebido de maneira negativa pelo mercado.

O poder de compra dos brasileiros está sendo, cada vez mais, impactado por fatores externos – Imagem: Ilustrativa / Canva

O dólar mais caro afeta o preço de itens, como queijos, carnes, aves, bacalhau, nozes, frutas secas e até especiarias, que são utilizadas nas receitas natalinas. Esses produtos, quando importados ou dependentes de insumos ou matérias-primas do exterior, sofrem com a desvalorização do real frente ao dólar, o que leva a um aumento nos custos de produção ou aquisição no mercado brasileiro e provoca uma pressão inflacionária em vários setores.

Maiores altas

Segundo o levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as carnes e proteínas tradicionais das festas de fim de ano registraram um aumento médio de 12,4% em 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. O bacalhau lidera o ranking de altas, com um aumento de 18,4%. Em seguida, aparecem o pernil (15,3%), a carne bovina (13,5%) e o lombo (12,9%). O peru e o chester também registraram reajustes expressivos, superiores a 10%. A Abras atribuiu os aumentos ao impacto do dólar e às mudanças climáticas, que afetam a produção de itens locais.

As carnes e proteínas tradicionais das festas de fim de ano registraram um aumento médio de 12,4% – Imagem: Ilustrativa / Canva

As famílias brasileiras, que já enfrentavam desafios econômicos, encontram-se em uma situação difícil. Muitas estavam ajustando seus orçamentos devido à inflação e, agora, é possível que a ceia de Natal deste ano seja mais simples ou até sacrificada. Embora as tradições sejam importantes, o poder de compra dos brasileiros está sendo, cada vez mais, impactado por esses fatores externos.

Opções econômicas

Diante desse quadro, os consumidores podem optar por alternativas nacionais mais acessíveis, adaptando os costumes e incentivando a valorização de produtos locais com preços mais estáveis.

Neste Natal, muitas pessoas repensarão suas escolhas e ajustarão suas expectativas para a celebração. O cenário reflete como os fatores econômicos globais são capazes de influenciar as tradições e os gastos familiares, especialmente em tempos de incerteza financeira.

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