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A nova Lista Mundial da Perseguição (LMP), elaborada anualmente pela Missão Portas Abertas, organização de orientação cristã que atua no mundo todo em favor da liberdade religiosa, apontou, pelo terceiro ano consecutivo, a Coreia do Norte como líder do ranking da intolerância religiosa.
O ranking, que serve de referência para a obra missionária global e ações de intercessão e apoio àqueles que sofrem por causa da fé que professam, leva em conta diversos indicadores. Entre eles, destacam-se a repressão ao cristianismo, as restrições ao evangelismo e os atos de violência e supressão de direitos contra os cristãos em razão da crença deles.
O segundo país apontado pela lista como de extrema opressão aos servos de Deus é a Somália, seguida pelo Iêmen. Líbia, Sudão, Eritreia e Nigéria, todas nações africanas de forte influência islâmica, aparecem na sequência. O “top 10” da perseguição é completado por países asiáticos igualmente muçulmanos, como Paquistão, Irã e Afeganistão. A LMP 2025 revela ainda que mais de 380 milhões de cristãos enfrentam níveis altos de perseguição — um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Estima-se que, hoje, um a cada sete crentes em Jesus é perseguido por sua fé. A maioria das nações citadas no relatório estão localizadas na chamada Janela 10-40, área imaginária que se estende da África Atlântica até o Extremo Oriente e concentra os povos menos evangelizados da Terra.
Para Marco Cruz, secretário-geral do de Portas Abertas no Brasil, o aumento no índice de perseguição religiosa e social aos cristãos está relacionado a fatores variados, como a crescente repressão por parte de governos ditatoriais, conflitos armados, ações do crime organizado e nacionalismo religioso, o qual rechaça manifestações de fé diferentes das crenças tradicionais locais. “Paralelamente, regimes autoritários intensificam repressões, ampliando o uso de violência e pressão contra minorias religiosas”, aponta ele.
Fora da Ásia e da África, também têm destaque na lista os latino-americanos Cuba (26º lugar), Nicarágua (30º) e México (31º). Na ilha caribenha, o protagonismo da intolerância permanece sendo por causa do regime comunista. Já na Nicarágua e no México, assim como na Colômbia – que surge na 46ª posição da LMP 2025 –, governos regionais adotam posturas rigorosas contra a Igreja, e os cartéis de drogas veem nos cristãos uma oposição aos seus negócios criminosos.