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Crise de vocações e influências seculares abalam ensino da Teologia no Reino Unido

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

University of Sheffield fechou sua escola de formação teológica – Imagem: Janis Abolins / Adobe Stock

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Um dos principais celeiros da Teologia protestante mundial entre os séculos 18 e 20, o Reino Unido enfrenta uma crise na formação de novos líderes cristãos. Dados do setor indicam que escolas e seminários tradicionais estão fechando as portas devido à falta de alunos, ao avanço do secularismo e aos questionamentos dos mais conservadores em relação ao conteúdo ensinado. “Parece que 50% das faculdades bíblicas cristãs no Reino Unido fecharão em um ou dois anos”, prevê Anthony Royle, diretor da King’s Evangelical Divinity School, na Inglaterra.

Até mesmo instituições tradicionais, como a Bangor University, no País de Gales, e a University of Sheffield, na Inglaterra, encerraram as atividades em seus institutos de Teologia. O St. John’s College, ligado à Universidade de Durham e fundado em 1863, deixou de oferecer seu curso de Teologia em 2019. De acordo com o Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra, o número de pastores ordenados por meio de escolas de formação teológica caiu 40% nos últimos cinco anos. O quadro sombrio quanto ao futuro espiritual da nação preocupa educadores e líderes cristãos. Segundo eles, a falta de uma identidade bíblica clara e os ataques sociais à ortodoxia da fé levam a um desinteresse generalizado pelo estudo da Teologia.

Especialistas apontam que os ensinamentos da Igreja sobre gênero, sexualidade e casamento têm desgastado a educação teológica. “Tem havido um afastamento geral das abordagens tradicionais. O modelo de preparação de pastores e missionários, que consistia em levar a Palavra a campo ou servir dentro de uma estrutura denominacional, está se desintegrando”, aponta o secretário-geral do Conselho Europeu para a Educação Teológica, Marvin Oxenham.

Para Lucy Peppiatt, presidente do Westminster Theological Centre, em Cheltenham, no sudoeste do país, o desafio está lançado aos teólogos acadêmicos. “Precisamos demonstrar nosso desejo de servir à Igreja e convencer os pastores de que a educação teológica é relevante para o chamado deles”, afirma.

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