Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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No dia 14 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue, data que inspira a campanha Junho Vermelho. O objetivo da iniciativa é valorizar quem doa econscientizar a população sobre a importância desse gesto solidário, capaz de beneficiar milhões de pessoas que dependem de transfusões todos os dias, em situações de emergências, cirurgias, tratamentos de doenças crônicas ou terapias que utilizam componentes do sangue.

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 1,6% da população doa sangue regularmente no Brasil. Esse número ainda é distante dos 3% a 5% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para manter os estoques em níveis seguros.

Os médicos explicam que o procedimento é simples, rápido e seguro. Todo o processo, desde a chegada do doador até sua liberação, leva em torno de 30 minutos. Com uso de material descartável e supervisão médica, são retirados cerca de 450 ml de sangue de cada doador. O sangue doado é, então, dividido em quatro componentes: concentrado de hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado. Por isso, cada doação pode ajudar até quatro pessoas diferentes.

Para ser um doador, a pessoa deve ter entre 16 e 69 anos de idade, boa saúde, peso mínimo de 50 kg e atender a algumas orientações simples, como dormir bem na noite anterior e não ingerir alimentos gordurosos. Menores de idade precisam de autorização do responsável, e, no caso dos idosos, a primeira doação precisa ter sido feita até os 60 anos.

Campanhas de doação entre funcionários de empresas, sócios de agremiações esportivas, moradores de condomínios e outros grupos são uma excelente oportunidade de incentivo ao ato de doar. A Pra. Ivone Dias, professora e coordenadora da Academia Teológica da Graça de Deus (Agrade), ligada à Igreja da Graça, já coordenou uma ação desse tipo. “Reunimos os alunos, que são pastores regionais e locais”, lembra-se Ivone, enumerando que, na ocasião, foram doadas 40 bolsas a um hemocentro de São Paulo, suficientes para beneficiar cerca de 120 pessoas em transfusões, terapias e cirurgias. O Pr. Valério Antônio Bento, um dos doadores, elogiou a iniciativa. “O que me motivou a participar foi a oportunidade de ajudar a salvar vidas. Ações assim são muito importantes para levar a igreja para fora de suas paredes.”