Reviravolta na vida
06/08/2025
Reviravolta na vida
06/08/2025

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Capitólio, sede do Congresso dos EUA, onde parlamentares apresentaram uma resolução que combate a perseguição religiosa no mundo – imagem: surangaw / Adobe Stock nº 335255369

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Parte importante do Congresso dos Estados Unidos se engajou na luta contra a perseguição religiosa no mundo. Uma resolução conjunta, chancelada por parlamentares republicanos na Câmara e no Senado americanos, condena a opressão às comunidades cristãs em nações nas quais a fé muçulmana é majoritária. O documento se refere a uma grande quantidade de países da África, do Oriente Médio e do Sul da Ásia – justamente aqueles que compõem a Janela 10-40, região do globo onde há mais cristãos perseguidos por sua fé.

À frente do movimento, o deputado Riley Moore, da Virgínia, e o senador Josh Hawley, do Missouri, apresentaram a medida no final de julho. O texto da resolução lista nações, como Turquia, Irã, Paquistão, Egito, Argélia e Síria, entre outras. “Somente na Nigéria, mais de 50 mil cristãos foram martirizados e mais de 5 milhões, deslocados por professarem sua fé”, destacou Moore, em entrevista ao jornal The Daily Wire. Ele acrescentou que o parlamento norte-americano “não pode ficar de braços cruzados diante dessa dura realidade”.

A proposta dos congressistas estadunidenses cita informações da Missão Portas Abertas, as quais informam que 400 milhões de servos de Deus em todo o planeta (em sua maioria, vivendo em regiões onde o islamismo é majoritário e se confunde com governos e regimes legais) sofrem altos índices de perseguição e discriminação. O documento menciona restrições de direitos civis, proibição a cultos públicos, prisões e até a execução de crentes em Jesus em função da confissão religiosa. Em vários desses países, quem se converte ao Evangelho responde pelo crime de blasfêmia contra o islã.

O relatório cita ainda o fechamento arbitrário de igrejas e processos viciados contra líderes cristãos, muitas vezes realizados ao arrepio de princípios básicos do Direito, como a ampla defesa do réu, a garantia de incolumidade física aos detidos e a publicidade das ações. 

Além de denunciar sistemas legais que promovem a discriminação religiosa, o objetivo do documento é pressionar tais governos por mudanças, utilizando meios diplomáticos, pressões comerciais e até medidas de segurança. “Em todo o mundo, nossos irmãos e irmãs em Cristo enfrentam uma perseguição desenfreada simplesmente por reconhecerem o Nome de Jesus. Isso é inaceitável”, declarou o deputado Riley Moore, durante discurso na Câmara.

Em nota, a advogada Kelsey Zorzi, diretora da organização cristã Aliança em Defesa da Liberdade (ADF, a sigla em inglês), apoiou a iniciativa dos congressistas. “Aplaudimos a resolução por reconhecer essa grave realidade e por instar os Estados Unidos a agirem. Quando cristãos estão sendo mortos, silenciados ou levados à clandestinidade, não podemos ignorar”, declarou ela, acrescentando que ninguém, independentemente da origem religiosa, deve enfrentar perseguição por sua fé. “No entanto, ano após ano, os cristãos continuam sendo o grupo religioso mais perseguido em todo o mundo, especialmente em muitos países de maioria muçulmana”, concluiu.

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