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Mais repressão contra muçulmanos convertidos a Cristo no Irã

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Protesto por liberdade no Irã devido ao endurecimento de regras contra o cristianismo – Imagem: CinimaticWorks / Gerado com IA / Adobe Stock

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Sob o comando do clero islâmico há 45 anos, o Irã vem adotando formas de repressão cada vez mais duras em relação ao cristianismo, especialmente no que se refere a muçulmanos que se declaram convertidos ao Evangelho. Um dos casos mais recentes e emblemáticos é o de Toomaj Aryan-Kia, condenado pelo Tribunal Revolucionário de Karaj a dez anos de prisão em regime fechado por propagação da fé cristã e pela suposta colaboração com governos hostis —uma falsa acusação do regime iraniano para desqualificar aqueles que optaram por abandonar o islã. Para o governo de Teerã, muçulmanos convertidos a Cristo são colaboradores do Ocidente e, portanto, criminosos.

A sentença de Aryan-Kia, que está entre as mais duras aplicadas nos últimos anos, indica um endurecimento das punições contra os crentes em Jesus por parte da Justiça iraniana. Acusações semelhantes também levaram à prisão três cristãos de origem muçulmana: Jahangir Alikhani, Hamed Malamiri e Gholam Eshaghi, detidos em setembro de 2024 após investigação dos serviços de inteligência do Irã. Nesse caso, o drama das famílias das vítimas é ainda maior porque as autoridades não revelaram o local onde os servos de Deus estão custodiados. Segundo denúncias, interrogatórios de cristãos detidos incluem ameaças a familiares, intimidação e atos de violência física e psicológica, sob a justificativa de que tenham atentado contra a segurança nacional.

Paralelamente, o regime tem reforçado medidas para impor interpretações radicais do Corão — o livro sagrado do islã. A lei civil, por exemplo, implementou clínicas de hijab, centros para suposta reeducação de mulheres flagradas sem o véu islâmico que cobre os cabelos e o pescoço. Nesses locais, as dissidentes — aquelas consideradas inadequadamente vestidas — são submetidas a palestras e aconselhamentos sobre a modéstia, segundo os padrões das autoridades locais, no comportamento.

Essas clínicas se tornaram uma alternativa à aplicação de multas e às penas restritivas de liberdade, sobretudo depois da intensa reação internacional à morte de Mahsa Amini, em 2022. A jovem, de 22 anos, foi presa por não usar o
hijab e, segundo denúncias, foi espancada até à morte pela polícia da moralidade local. Além da pressão mundial, eclodiram diversas revoltas em todo o país, forçando os aiatolás, que controlam a nação, a um recuo estratégico.

Hoje, o Irã ocupa a nona posição na lista anual dos países que mais perseguem os cristãos, elaborada pela Missão Portas Abertas.

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