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Sedentarismo, alimentação inadequada, consumo de cigarros e álcool, obesidade — essa combinação de fatores tem levado a um aumento expressivo nos casos de câncer de intestino, também chamado de colorretal. Terceiro tipo de câncer mais comum em todo o mundo, a doença ganhou destaque no Brasil após o diagnóstico e tratamento da cantora Preta Gil. Após se submeter a duas cirurgias, a artista fez questão de compartilhar o seu caso como forma de incentivo à prevenção da enfermidade, a qual teve 45 mil novos registros no país em 2024.
O combate ao câncer colorretal é o tema da campanha Março Azul Marinho, que visa à conscientização da sociedade sobre a importância de práticas mais saudáveis, além de fomentar a criação de políticas públicas de saúde. Embora seja mais prevalente em indivíduos acima dos 50 anos, o aumento de casos entre jovens, nos últimos anos, tem causado preocupação. Em 2019, um estudo identificou essa tendência em países da Europa, América Latina, do Caribe e da Ásia.
Embora os pesquisadores não tenham certeza acerca das causas específicas desse crescimento, o estilo de vida contemporâneo tem papel preponderante nesse cenário. Um dos efeitos é o alto índice de obesidade global: estima-se que 2,2 bilhões de pessoas em todo o mundo estejam acima do peso, e 890 milhões delas sejam obesas. Muitas das alterações metabólicas associadas à obesidade, como hormônios desregulados e um estado crônico de inflamação, ajudam a impulsionar o desenvolvimento da enfermidade.
No Brasil, 85% dos casos de câncer de intestino são diagnosticados em fase avançada, devido à desinformação, à negligência ou à falta de acesso a serviços de saúde, o que resulta no aumento da letalidade, segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia. O caráter hereditário também é um fator de risco significativo. Contudo, a doença é evitável e, se tratada no estágio inicial, tem mais de 90% de chances de cura. O câncer de intestino pode ser prevenido por meio de mudanças na mesa e no estilo de vida. Confira:
- Reduza ou elimine o consumo de alimentos processados e substitua-os por vegetais ricos em fibras e carnes magras (cozidas ou assadas).
- Faça da atividade física uma prática diária.
- Controle o peso e, aos primeiros sinais de alerta da balança, procure atendimento médico e ambulatorial.
- Mesmo sem sintomas, faça a colonoscopia, fundamental na detecção da doença em seu estágio inicial. O exame deve ser realizado a cada cinco anos, após os 45 anos de idade.
Elimine o cigarro e o álcool de sua vida.