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19/11/2024Novembro Azul promove conscientização sobre a necessidade de se prevenir o câncer de próstata, um dos mais prevalentes entre a população masculina
Por Carlos Fernandes, do Ongrace
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O mês de novembro apresenta ao calendário nacional um tema que precisa ser abordado – a necessidade de conscientizar a população masculina das práticas de prevenção ao câncer de próstata, o segundo com maior letalidade entre homens no Brasil, atrás apenas do de pulmão. Ainda envolta em preconceitos e temores, esse câncer, como todos os outros, pode ser tratado e curado quando a lesão é diagnosticada em suas fases iniciais. Devido a isso, surgiu a ideia da campanha Novembro Azul, que teve origem na Austrália em 2003 e é realizada no Brasil desde 2011. Nela, promove-se ações de saúde para os homens, como campanhas de esclarecimento, propagandas, eventos e iniciativas das redes de saúde públicas e privadas para incentivar a realização de exames periódicos. A proposta visa evitar o sofrimento que o câncer de próstata causa ao paciente e à família, além dos impactos na vida profissional e social.
Na Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD), a discussão é considerada importante. Afinal, se a Bíblia garante que o Senhor levou sobre Si todas as nossas enfermidades, cabe a cada um ser responsável pela própria saúde. O corpo do cristão é o templo do Espírito Santo, e uma boa condição física é fundamental para uma vida espiritual mais efetiva. “Nosso ministério trata esse assunto com bastante seriedade”, garante o Pr. Ednilson Lima, líder regional da IIGD em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ali funciona, como em todos os templos do ministério, o trabalho dos Homens que Vencem (HQV), grupo que se reúne periodicamente para orar, estudar a Palavra de Deus e conversar sobre diversos tópicos, como carreira, santidade, família e saúde. “Em nosso último evento, tivemos a presença de um médico cristão, que nos deu uma palestra sobre saúde masculina.”
Ações dessa natureza são mesmo relevantes. As maneiras indicadas de se prevenir o câncer de próstata são exames de sangue com dosagem de PSA, um antígeno específico que indica possíveis problemas na glândula, bem como a análise de sua textura, feita pelo médico rapidamente por meio do toque retal. Antigos e injustificáveis tabus sobre masculinidade afastam muitos homens da prevenção – e o resultado é o elevado número de casos no Brasil, que registra cerca de 70 mil novos diagnósticos por ano, de acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). “Nossa obrigação, como líderes, é conscientizar os homens da importância do exame periódico. Essa é uma preocupação constante do ministério HQV”, frisa Ednilson.
O pastor ressalta que a Igreja da Graça tem, na cura física e na libertação espiritual, a essência de sua atuação. “Alguns podem pensar que só cremos em intervenções sobrenaturais e que não aceitamos a ciência. Nada pode estar mais equivocado”, afirma. “O nosso ministério é espiritual, o que não nos impede de trazer informações úteis à saúde dos homens que frequentam nossas reuniões.” Por isso, o pregador não tem dúvidas de que o agir do Senhor na cura do câncer pode se dar também por meio da Medicina. “Nós, pastores e líderes da Igreja, incentivamos que os irmãos façam os exames preventivos, atendam às orientações dos médicos e sigam os tratamentos prescritos”, declara.
Foi o que aconteceu com o aposentado José Batista da Silva, de 81 anos e membro da Igreja da Graça em Bangu. Diagnosticado com câncer de próstata em 2017, ele fez a cirurgia para remoção da lesão e recebeu o encaminhamento para 32 sessões de radioterapia – uma das formas de tratamento mais consagradas para a doença e a prevenção de novos focos do problema. Ao mesmo tempo, ele buscou a cura no Senhor. “Eu teria, ainda, de tomar uma injeção por até cinco anos”, lembra-se o aposentado. O primeiro milagre foi a facilidade de acesso ao medicamento. José conta que cada dose custava cerca de R$ 2.400, mas ele conseguiu que as aplicações fossem feitas gratuitamente. Nem foi preciso tanto – a cura veio antes. “O médico ficou surpreso”, diz D. Marli, esposa de José.