
Um autorretrato dos brasileiros
23/06/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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Tema prioritário na agenda global contemporânea, a imigração também carrega componentes religiosos. Segundo o Pew Research Center, instituto de pesquisas e análise de tendências globais com sede nos Estados Unidos, mais de 280 milhões de pessoas (3,6% da população mundial) vivem fora do seu país de nascimento e, portanto, são classificadas como migrantes internacionais.
Mudanças para outros países têm motivos variados, como a busca por melhores condições de vida ou o reencontro com familiares. Contudo, religião e migração costumam estar profundamente interligadas. Isso acontece porque muitas pessoas saem de seus lugares de origem para escapar de perseguições ou à procura de liberdade para professar sua fé.
De acordo com o instituto Pew, quase metade dos migrantes internacionais (47%) são cristãos. Os muçulmanos representam 29% desse grupo, seguidos de hindus (5%), budistas (4%) e judeus (1%).
O estudo faz parte do projeto Pew-Templeton Global Religious Futures, que busca compreender a mudança religiosa no mundo e seu impacto nas sociedades. O relatório da pesquisa revela que migrantes religiosos costumam ter forte impacto nas nações de destino, contribuindo para mudanças graduais na composição religiosa do novo país. O caso mais evidente é o recente afluxo de praticantes do islã ao Ocidente. Em países como França, Holanda e Inglaterra, há bairros muçulmanos hostis à presença de cidadãos locais.