Bendito consumo
20/12/2024Pr. Wellington Sodré e sua família falam sobre o uso das redes sociais
na divulgação do Evangelho
Por Viviane Castanheira, do Ongrace
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Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus (Atos 20.24). Esse versículo tem guiado a vida e o ministério de Wellington Sodré, 44 anos, pastor da sede da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Blumenau, Santa Catarina.
Natural de Campo Grande (MS), Sodré se mudou para Cuiabá (MT) aos 19 anos, movido pelo sonho de servir ao Senhor. No início de sua trajetória ministerial, ele foi obreiro de tempo integral na sede da IIGD na capital mato-grossense, consolidando sua vocação.
Pouco tempo depois, estreou como apresentador do programa Super Movimento, na RIT Cuiabá, ao lado da jovem que se tornaria sua esposa, Francielly Sodré, 39. Simpático, extrovertido e alegre, o rapaz fez sucesso e foi convidado pelo Missionário R. R. Soares para comandar o Clip RIT no Rio de Janeiro, em 2006.
Em 2008, Wellington Sodré e Francielly se casaram e foram abençoados com dois filhos: Isadora, de nove anos, e Isaac, de cinco. A experiência do casal na área de comunicação contribui para uma vida ativa nas redes sociais, não só a deles, mas também dos filhos, que se tornaram influenciadores digitais. “A ideia é levar a rotina dos dois de maneira descontraída”, afirma o Pr. Wellington, ressaltando a leveza e o impacto positivo dessa jornada em família.
Em um vídeo especial, o pequeno Isaac compartilha uma mensagem profunda sobre o tema “Deus está realmente no controle?”. A dupla carismática já alcançou mais de 30 mil seguidores sob o olhar atento dos pais. Em entrevista ao Certeza da Vitória, o Pr. Sodré, com a esposa Francielly, fala sobre os desafios do ministério e da “carreira” de influenciadores dos filhos.
CERTEZA – Como foi o seu chamado pastoral?
PR. SODRÉ – Tive a graça de vir de família cristã. Minha avó materna sempre se empenhou em nos ensinar a ter amor pelas coisas sagradas. Depois de minha decisão pessoal em meados de 1995, comecei a buscar alguma forma de passar adiante a mensagem de salvação que recebi.
Desde então, doei-me como membro, obreiro, evangelista, líder de jovem, pastor de uma Igreja local (a primeira Igreja que pastoreei foi em 1999, em Várzea Grande, uma cidade vizinha de Cuiabá), professor da AGRADE e, algo que nunca imaginei, com a chegada da RIT, recebi o convite para iniciar um programa local ao vivo para jovens, chamávamos de Super Movimento. Com a graça de Deus, ganhou bastante repercussão pela cidade.
E o Clip RIT?
O Clip RIT foi um tempo de muito aprendizado, até porque o pouco que eu sabia foi na raça, em uma TV local que estava dando os seus primeiros passos. Apesar disso, Deus deu graça, e a programação e a audiência melhoraram bastante. Como pregador, eu aproveitava a telona, entre um musical e outro, para deixar uma Palavra. Encarava a atração como “a minha mais nova Igreja”. No embalo das canções, aproveitava para deixar “o recado!”. E assim permaneci cerca de sete anos.
Como foi a mudança para Santa Catarina?
A chama do pastoreio nunca se apagou dentro de mim. Prossegui como pregador itinerante, recebendo convite das igrejas para cultos e participação nos mais variados eventos. Nessa época, surgiu a oportunidade no Estado de Santa Catarina, onde foi possível unir as duas missões: participar do avanço da TV Primavera de Criciúma e pastorear a Igreja local. No estado catarinense, estou desde 2012. Em Criciúma, colaborei por, aproximadamente, sete anos e, desde julho de 2019, estou em Blumenau.
O senhor considera que a linguagem mais jovem que usa nas redes sociais facilita a pregação do Evangelho?
O próprio Cristo agia de modo estratégico, usando parábolas, por exemplo, para envolver Seus ouvintes. Gosto do ensino de Paulo em 1 Coríntios, capítulo 9, versículos 22 e 23, que diz: Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns. E eu faço isso por causa do evangelho, para ser também participante dele.
Nada mal adaptar-se ao meio, sem comprometer a santa mensagem, é claro. Perceba que a parábola do semeador afirma que todos ouviram a Palavra. Porém, somente parte deles, manteve a mensagem no coração.
Sua passagem pela TV o ajuda na elaboração do conteúdo que disponibiliza nas redes sociais?
Sim, sem dúvida, inclusive me dá a oportunidade de me desafiar e passar o conhecimento aos voluntários. Seja em produção, seja na edição ou nas postagens.
Como surgiu a ideia de compartilhar o dia a dia dos seus filhos?
Veio de um pedido antigo da minha Isadora, mas confesso que resisti no início, por causa da sua pouca idade. Entretanto, com o passar do tempo e o nascimento do Isaac, percebemos a espontaneidade dos dois com as câmeras. E, sem planejar, a minha esposa passou a gravá-los informalmente. Para nossa surpresa, alguns dos vídeos viralizaram!
Como vocês lidam com a exposição on-line? Quais são os aspectos positivos e negativos?
Temos uma boa moderação quanto a isso. Minha esposa acompanha mais de perto todo o processo, limitando o acesso das crianças ao tempo de consumo de jogos e internet e auxiliando na escolha dos temas e vídeos que serão gravados.
E as crianças, como lidam com isso?
Elas se divertem muito. Como influenciadores, já foram convidados a ir a parques importantes a custo zero e também entrevistados nos mais conceituados canais de TV. Isaac, por exemplo, gosta dos quadros Você tem um minuto e Dica do Isaac, enquanto a Isa curte jogos no YouTube e aprendeu a editar seus próprios vídeos.
O perfil das crianças no Instagram tem muitos seguidores, o conteúdo disponibilizado gera frutos?
Sim, a ideia é levar a rotina dos dois de maneira descontraída. Notamos que os melhores vídeos vêm de momentos não programados. Criamos o hábito de perceber o momento e apontar a câmera para gravar. Alguns ficam como arquivo pessoal e outros entram no Cai na rede.
Quais são os planos para o futuro do senhor e de sua família?
Temos muitos. Alguns ainda estão sendo “rascunhados”, e não consigo antecipar. Mas imagino, em um futuro próximo, um espaço que também tenha vídeos da família.
Como o senhor tem estimulado as pessoas a encontrarem o melhor de si no trabalho e na vida familiar a partir das suas redes sociais?
Além do trabalho com os pequenos, posto reflexões em texto e vídeo na internet quase diariamente. A rede social é um campo fértil, por isso preciso me desafiar constantemente para saber compactar o recado dos Céus para a versão virtual, buscar o ponto alto e lançar a semente.
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