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Prevenir para não remediar

Conceptual photograph of a doctor holding and looking at a test tube while testing samples for presence of coronavirus (COVID-19).

Organização Mundial da Saúde traça medidas para evitar novas crises sanitárias como a da covid-19

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Pandemia foi debelada, mas doença ainda representa risco Imagem: Bizoo_n

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Cinco anos depois do início da maior crise sanitária global em um século, a covid-19 ainda preocupa. Com quase 800 milhões de infectados de 2020 a 2023 e 7 milhões de mortes notificadas — 714.506 destas, só no Brasil —, a doença causada pelo novo coronavírus já não é uma pandemia, mas continua a assustar. Debelada pela ação das vacinas e das medidas de isolamento implantadas em quase todo o mundo, a pandemia acendeu o sinal de alerta mundial para o risco de novas ocorrências do gênero — e a necessidade de se estar preparado.

“Os países precisam se organizar e se preparar para uma nova pandemia, mesmo que ela não aconteça”, alerta a Profª. Ester Sabino, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP). Em um mundo globalizado e de trânsito constante de pessoas, ela destaca a essencialidade de ações coletivas: “O mais importante é que isso seja algo internacional. Não adianta que um país se organize sozinho”. Em 2020, Ester se notabilizou por ter coordenado o sequenciamento genético do vírus SARS-CoV-2 apenas 48 horas depois da confirmação do primeiro caso de covid-19 no país.

Em meados de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) encerrou o nível de alerta máximo da entidade para a doença, que foi mantido por quase quatro anos. Contudo, novos casos continuam surgindo em várias partes do planeta, o que coloca a covid-19 como um desafio a ser permanentemente enfrentado pela humanidade. Ano passado, a agência da ONU registrou 3 milhões de casos em todo o mundo e 70 mil mortes. “Já não se ouve falar de covid, mas o vírus continua a circular amplamente em todo o mundo. A vigilância foi reduzida”, diz Maria Van Kerkhove, epidemiologista da OMS.

A covid-19 é uma infecção de efeitos sistêmicos, que podem se estender a longo prazo. No Brasil, em torno de 19% dos infectados passaram a apresentar consequências permanentes em sua saúde, como ansiedade, cansaço, dificuldade de concentração, perda de memória e alterações cardiovasculares, dentre outras. Dentre as sugestões da OMS para ações de prevenção a novas pandemias, as principais são a criação de um conselho global capaz de responsabilizar países pelas medidas que colocam em ação; implementação de um sistema de vigilância com o poder de publicar informações a respeito de doenças; a classificação de vacinas como bens públicos; e a instituição de mecanismos de financiamento voltados a situações desse tipo.

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