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Por Marcelly Cavalcanti, do Ongrace
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No último ano, o uso de medicamentos cresceu exponencialmente no Brasil. Impulsionado pela busca de resultados rápidos e pela popularidade de novas substâncias divulgadas nas redes sociais, o aumento do consumo se deve, em grande parte, aos inibidores de apetite, reguladores de glicose e os termogênicos – os mais procurados por quem deseja emagrecer de maneira rápida.
No entanto, apesar da intensa procura por esses fármacos, diversos especialistas da área da saúde advertem sobre os riscos associados ao consumo dessas medicações sem orientação e acompanhamento médico. Eles explicam que alguns desses medicamentos são de uso restrito e, por isso, só podem ser liberados por meio de prescrição médica exclusiva e com retenção da receita. Além disso, para que promovam o efeito desejado, o paciente precisa seguir as recomendações de vários profissionais da área da saúde, que incluem o planejamento e acompanhamento da dieta alimentar e a prática de atividade física.
Justamente pelo risco envolvido, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) classifica a maioria desses medicamentos como de tarja preta (ou controlados), por conterem substâncias que afetam o sistema nervoso central, podendo causar dependência. A retenção de receita, aliás, visa evitar a automedicação, que ainda é um problema recorrente. Outro motivo de alerta é o uso indiscriminado de remédios importados ou comprados pela internet, muitas vezes sem registro no país. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), esses produtos podem conter substâncias proibidas ou dosagens inadequadas, aumentando a possibilidade de intoxicação.
De acordo com os especialistas, o emagrecimento saudável deve ser gradual e sustentado com regularidade, priorizando mudanças progressivas no estilo de vida, de acordo com a necessidade de cada indivíduo. Para eles, os medicamentos podem desempenhar um papel importante no tratamento, mas apenas quando indicados de modo individualizado, levando em conta o histórico de saúde do paciente e com acompanhamento contínuo.
