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Por Viviane Castanheira, do Ongrace
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Nos últimos anos, manchetes sobre eventos climáticos extremos, como as enchentes catastróficas que assolaram o Rio Grande do Sul entre abril e maio de 2024, trouxeram à tona a vulnerabilidade do planeta Terra. As variações bruscas do clima e suas consequências estão levando a humanidade a repensar a sua relação com o meio ambiente e o papel que desempenha na preservação da natureza.
Buscar soluções que freiem o processo de destruição é a palavra de ordem do momento, e as igrejas não estão alheias a esse movimento. De acordo com o Pr. Éric Costa Dias, líder estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Boa Vista (RR), a conscientização ecológica e o cuidado com a criação divina fazem parte das obrigações do cristão. “A mordomia cristã inclui o cuidado com o meio ambiente, afinal a primeira profissão do homem foi a de lavrador da terra. Lá no princípio, no Jardim do Éden, Adão já recebeu a responsabilidade de cuidar do ambiente em que vivia”, diz o pastor, que está à frente da IIGD em um dos estados onde está localizada a Amazônia, maior floresta equatorial do mundo.
Dias recorre ao texto de Oseias, capítulo 4, versículo 3 (Por isso, a terra se lamentará, e qualquer que morar nela desfalecerá com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar serão tirados), para mostrar a relação entre o pecado da humanidade e o sofrimento atual. “O homem destrói o meio ambiente e está se destruindo também. Tudo isso é fruto do pecado.” Para o líder da IIGD roraimense, a Igreja deve ter a iniciativa de falar da importância de cuidar do planeta. “Acredito em um trabalho de conscientização dentro da Palavra de Deus. A própria Bíblia nos dá a direção.”
A Igreja da Graça vai além da conscientização de seus membros e coloca em prática formas de colaborar com a preservação do mundo. Por isso, preza pela sustentabilidade nos projetos arquitetônicos desenvolvidos em suas congregações pelo país. Os novos templos já apresentam, em suas plantas, o cuidado e a responsabilidade ambiental, como o prédio da IIGD em Padre Miguel, na zona oeste do Rio de Janeiro, liderada pelo Pr. Leonardo Paiva. Inaugurado em dezembro de 2022, o templo faz reuso da água da chuva, tem placa solar, fossa, entre outros recursos aplicados em obras que seguem o modelo sustentável. “A IIGD trouxe uma mudança significativa para o local, pois os moradores jogavam muito lixo e entulhos no terreno e na calçada. No entanto, após a construção da Igreja, isso acabou, e a vizinhança agradeceu”, conta o líder. Ele acrescenta: “Cuidar do meio ambiente é como um mandamento de Deus, pois o Senhor, quando criou o mundo, entregou-o nas mãos do homem para que ele pudesse cuidar”.
Preservar o meio ambiente não é coisa só de gente grande. No mês de maio, o ministério infantil da sede estadual da Igreja da Graça em Belo Horizonte (MG) abordou a relevância do cultivo e a valorização da natureza na prática com os pequeninos. “Ensinamos a importância de semear na terra fértil, ou seja, de plantar a semente com Cristo”, explica Lavínia Santos, líder do Crianças que Vencem (CQV) na capital mineira.
Com muita disposição e alegria, as professoras levaram as crianças para colocar as “mãos na massa”. Dessa iniciativa, nasceu a hortinha com modelo sustentável. “Fizemos o canteiro econômico para gastar menos água e também usamos adubos naturais”, disse Lavínia, fazendo referência à tecnologia que permite produzir alimentos com pouca água. Já os canteiros econômicos podem formar uma espécie de “piscina natural” para as plantas, o que ajuda a economizar água. Na horta, é possível encontrar cebolinha, manjericão, cenoura, tomate e alface dos tipos crespa, roxa e americana. “Retiramos o que cresceu e doamos para a Igreja. Alguns frutos ainda não estão no tempo da colheita, mas nossa intenção é ampliar a horta”, garante a líder.
Na IIGD Votuporanga, interior de São Paulo, os pequeninos também entraram em ação. O CQV da cidade aproveitou o Dia da Árvore, comemorado em 21 de setembro, para participar de uma ação que promoveu o plantio de novas mudas de diversas espécies. O projeto foi proposto pela Superintendência de Água, Esgotos e Meio Ambiente da cidade. “Devido ao trabalho que temos feito, eles nos convidaram para levar nossas crianças a uma reserva ecológica e plantar árvores no local. Foram nove crianças e oito jovens”, relata a líder do ministério infantil na região, Karla Coelho Silva Spoti.
“Aprender a importância de preservar o meio ambiente e cuidar da natureza significou muito para os pequenos. Eles ficaram felizes por terem plantado mais de 20 árvores que, daqui há alguns anos, darão frutos”, emociona-se a tia Keila Gonçalves, que acompanhou o grupo na ação. A tia Karla, como também é conhecida a dirigente do ministério infantil, finaliza: “Porque Deus criou todas as coisas e nos delegou o cuidado com a Sua criação. Devemos ensinar às nossas crianças, desde pequenas, a importância de preservar a criação divina.”